24.11.25

É sempre a sede

 

Silena Lambertini


Deciframos o orvalho
no sequioso fôlego
de quem aguarda
à boca do inverno
um líquido sopro.
É a sede.
É sempre esta sede sem fim
a demandar a nascente perfeita
onde as águas se bebem
demoradamente.


Graça Pires
De Talvez haja amoras maduras à entrada da noite, 2015, p. 41

36 comentários:

Jaime Portela disse...

E foi pela sede (do saber, por exemplo) que a humanidade evoluiu.
Excelente poema, gostei imenso.
Boa semana.
Um beijo.

chica disse...

Linda tela e poesia...
E a sede nos faz sempre encontrar ás águas...
beijos, linda semana,chica

Isa Sá disse...

Mais um bonito poema. Boa semana!
Isabel Sá
Brilhos da Moda

Regina Graça disse...

Essa sede, esse orvalho... e o poema perfeito para sentir demoradamente!

São disse...

Um excelente poema acompanhado por uma fotografia belíssima!

Minha Amiga, embora com atraso, deixo-te aqui o mau caloroso abraço de parabéns .

Boa semana :)

Roselia Bezerra disse...

Boa tarde de Paz, querida amiga Graça!
Como se sente na novíssima idade?
A sede é uma constante no ser humano que näo se sacia com qualquer 'àgua'...
O sequioso deseja a água viva.
Tenha uma.nova semana abençoada!
Beijinhos fraternos


Mário Margaride disse...

Belíssimo poema, amiga Graça.
A sede do saber, a sede de nunca desistir, catapultou a evolução da humanidade.
Gostei bastante, estimada amiga.

Beijinhos, e feliz semana, com tudo de bom.

Mário Margaride

Top 5 Adventure Spots in South America 2025 disse...

This is beautifully evocative! I love how the imagery captures both physical and almost spiritual longing — the parched breath, the anticipation, the endless thirst. There’s a quiet tension in your words that makes the reader feel the patience, the yearning, and the eventual relief as if they’re experiencing it themselves. Truly poetic.

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

Boa tarde Amiga Graça
Um poema que respira a delicadeza do instante e o desassossego íntimo da sede, essa que não é apenas física, mas existencial.
A autora traduz o orvalho e o inverno em metáforas de espera e desejo, conduzindo-nos à busca da “nascente perfeita”, onde cada gota é uma revelação demorada.
Um poema breve, depurado e profundamente sensível, que nos lembra que há fomes da alma que só a poesia sacia.
A imagem de suporte foi muito bem escolhida para o poema, pois está em sintonia e é belissíma.
Boa semana com saúde e Poesia.
Deixo um beijo.
:)

Anónimo disse...

Tão bonito, Graça!
Beijinhos

alberto bertow marabello disse...

Teniamoci cara questa eterna sete che ci costringe a continuare a cercare fonti genuine senza fermarci e chiuderci in casa.
Molto carina la tua poesia, ciao amica Poetisa
buona settimana con tanta, tanta felicità.
Um beijo

Duarte disse...

Poema e fotografia de grande beleza.
Sou admirador desse orvalho que quase nem molha, mas deixa frescura.
Abraço

bea disse...

E oxalá essa sede seja fonte de vida. Não nos mate e antes nos renove:)
Um abraço, Graça

Rosangela A. Santos disse...

Que lindo! Poucas palavras que toca e tava a imaginação. Parabéns!

Rogério G.V. Pereira disse...

Sorvo teu poema
como se fosse um rio

Beijo de fâ

Emília Simões disse...

Boa noite Graça,
Um poema muito belo com metáforas que nos conduzem às profundezas da existência, numa constante necessidade de matar a sede do saber.
Gostei muito.
Um beijinho, minha Amiga e enorme Poeta.
Tenha uma semana muito abençoada.
Emília
Receba os meus Parabéns pelo seu Aniversario!

J.P. Alexander disse...

Hermoso poema. Te mando un beso.

Marta Vinhais disse...

A sede do conhecimento, de quer entender a origem de tudo....
Interessante...
Beijos e abraços
Marta

Marco Luijken disse...

Hello Graça,
Nice words with a very nice image.
Wonderful to read these small stories.

Many greetings,
Marco

ManuelFL disse...

Ao ler a poesia da Graça, uma sede sem fim apodera-se de mim.
Fascinado, embriagado, deslumbrado, só me ocorre dizer:
- Quero mais, quero mais, quero mais.
Adorei a imagem.
Beijinhos

Klaudia Zuberska disse...

as always, a very delightful and heartwarming entry.

carlos perrotti disse...

Sed poética que sacias con versos exquisitos, excelsos, amiga Graça... Un lujo leerte cada vez. Abrazo admirado, Poeta!!

Maria Rodrigues disse...

A sede do saber é como o orvalho da manhã, silencioso, mas alimenta tudo o que toca.
Bela imagem a acompanhar um poema sublime.
Beijos

teresa p. disse...

A sede sempre presente no íntimo de cada ser humano, tornar-se, por vezes, intensa o que obriga a procurar a "nascente perfeita onde as águas se bebem demoradamente." Poema sublime, bem como a imagem que o documenta. Beijo.

Luiz Gomes disse...

Boa terça-feira minha querida amiga Graça. Parabéns pela poesia. Impossível um ser humano ficar sem sede. Eu por exemplo as vezes tenho sede de leitura. Essa eu consigo ler todos os dias. Grande abraço carioca e do Brasil.

brancas nuvens negras disse...

As águas do inverno são gélidas.
Boa semana.
Um abraço.

RÔ - MEU DIÁRIO disse...

É sempre bom vir ler por aqui. Bju

Emília Pinto disse...

Temos tanta sede...
Não só de água, não só de conhecimento, mas, principalmente, sede de humanidade, aquela humanidade que se vê nesta época Natalicia e logo de seguida se apaga, como se apagam as tanta luzinhas que, já em novembro enfeitam as cidades, como se elas, por si só matassem a sede a tanta gente que nem uma gota de água têm. E o inverno está aí à porta, a chegar forte, com frio e chuva que não ajuda nada aqueles que têm sede de água, mas, principalmente de abrigo, de aconchego, de alguém que os cubra com mantas de afecto e solidariedade. E o que fazem os nossos governantes e os senhores do mundo? Cobrem as cidades de luzinhas como se elas fossem capazes de iluminar a vida dos que, involuntariamente , vivem na escuridão,
Como diz o nosso Amigo, Jaime... " Dói-me o mundo "
Fizeste aniversário, querida Amiga, então, aqui te deixo um beijinho muito especial e os votos de que a vida de abençoe com saúde e serenidade perante tanta sede que há neste nosso mundo
Emília 🌻 🌻

Majo Dutra disse...

Eu ando sempre sequiosa...
Agora com frio e constipada.
Haja resiliência! Sempre!
Um beijo, Amiga.
------

Olinda Melo disse...

Querida Graça
Uma imagem belíssima para uma nascente perfeita.
E a sede nos invade neste mundo sequioso de boas
obras e sentimentos.
As metáforas com que constrói os seus poemas
elevam-nos. E até ficamos em êxtase perante as imagens
com que nos envolve.
Bom fim de semana, amiga.
Beijinhos
Olinda

R.Correia disse...

Mais um belíssimo poema que adorei ler.
Aqui "matamos" a sede de cultura.
Um abraço e bom fim de semana.
https://rabiscosdestorias.blogspot.com

Cesar disse...

Se não houvesse a sede não seríamos eternos buscadores.
Te desejo ótimo fim de semana.

Isa Sá disse...

A passar por cá para desejar bom fim de semana!
Isabel Sá
Brilhos da Moda

Mário Margaride disse...

Olá, amiga Graça.
Passando por aqui, para desejar um bom fim de semana, com tudo de bom.

Beijinhos, com carinho e amizade.

Mário Margaride

http://poesiaaquiesta.blogspot.com
https://soltaastuaspalavras.blogspot.com

Pedro Luso de Carvalho disse...

Olá, amiga Graça, um poema singular, inspirado poema,
que gostei imensamente de ler.
Aplausos!
Meus votos de um ótimo final de semana.
Um beijo, amiga.

lis disse...

Uma imagem delicada, Graça e a pressa desse mundo sedento de paz que envolve
seu poema. Grande abraço amiga e um iniciar dezembro luminoso.
Beijinhos beijinhos