Ao silêncio que guardamos no coração
juntemos um cântico de Alegria.
Porque amamos a Paz. Porque desejamos Vida.
Um Natal cheio de conforto.
Um ano de 2021 com Saúde e Amor.
Até para o ano. Fiquem bem.
Seleccionar o ângulo de um rosto, sem lhe macular a luz, como se, a meia voz, pudéssemos reter os múltiplos reflexos do júbilo e das mágoas.
Ao silêncio que guardamos no coração
juntemos um cântico de Alegria.
Porque amamos a Paz. Porque desejamos Vida.
Um Natal cheio de conforto.
Um ano de 2021 com Saúde e Amor.
Até para o ano. Fiquem bem.
Notícia da Editora Labirinto:
Poesia
Título: JOGO SENSUAL NO CHÃO DO PEITO
Autor: Graça Pires
Prefácio: Eugénia Vasques
Capa: Daniel Gonçalves, sob foto de Maycon Marmo
N.° de páginas: 62
ISBN:978-989-54902-7-1
Garanta o seu exemplar em pré-venda (10€), na nossa loja on-line e receba comodamente em casa sem custos.
https://www.editoralabirinto.net/product-page/jogo-sensual-no-ch%C3%A3o-do-peito
Sobre o livro:
Quem conhece o que escrevo sabe como gosto de encenar vozes de personagens, imaginando o que elas teriam dito se eu as pudesse ouvir. Por isso tento habitar o enredo que elaboro, para dele me tornar a protagonista.
Porque as pessoas não são apenas o que foram, mas também o que podemos supor que seriam.
É como se as fizéssemos nascer de novo para cumprirem uma viagem através das palavras.
É o poder da inscrição da voz sobre o silêncio.
É a fala da ficção dentro do poema.
É ser, ao mesmo tempo, pensamento e imagem.
Escolhi, Isadora, a bailarina que encantou e chocou o mundo, porque reconheço nela a artista que soube recuperar a inocência através da dança que lhe saía do corpo com uma perturbante plenitude.
Como escreveu Maria Zambrano, para a poesia nada vence a morte, a não ser por momentos, o amor. E foi com amor que incorporei a intimidade de uma mulher que desafiou um a um todos os instantes da sua vida, atravessada por tantos sonhos, tantos êxitos, tantas decepções, sempre de forma fascinante e sedutora.
Graça Pires, Novembro 2020
Se alguém quiser, pode ouvir um poema do novo livro:
Adriano Miranda
Não é ficção nem simbologia.
Adriano Miranda
Federica Erra
Dorothea Lange
Albino Moura
Maria Clarinda Galante
Ossi Saarinen
António Cruz
É melhor não dormirmos
sob o árido labirinto da tristeza.
À nossa frente existe um pórtico
purificado por uma névoa de sons.
Vamos transgredir o limiar do absurdo,
porque encontrámos um abrigo musical,
onde ninguém pode separar das nossas bocas
o percurso das águas outonais.
É verde o germe do sol nos nossos olhos
e, sem querer, a sombra de um pretexto
emerge do assombro de nós próprios
como um regresso plural da inocência.
Estamos num lugar de Junho
e qualquer sinal de ausência
pode ser apenas um veleiro
que partiu dos nossos dedos.