30.8.07

Um rubor de malvas floridas



Com uma perturbação herdada das sombras,
a luz excessiva de agosto adormeceu nos olhos
das aves fatigadas pela travessia das manhãs.
É possível improvisar, agora, a nesga de cor
que lhes define as asas: um rubor de malvas
floridas, deslumbrando o sol.


Graça Pires
De Quando as estevas entraram no poema, 2005

9 comentários:

Menina Marota disse...

Mas como é belo este rubor!

Beijinhos, como são belas as suas palavras!

© Maria Manuel disse...

«deslumbrando o sol»

deslumbrando o leitor também...

Isamar disse...

Vim ler o teu poema, deixar-te um beijinho e desejar-te um bom fim de semana.
Belas palavras e bela flor.

Teresa Durães disse...

ainda bem que estas aves, apesar da perturbação, consegem improvisar

belo

Menina Marota disse...

Vim deixar um abraço carinhoso e dizer que é com imenso orgulho que coloquei no meu blogue (espero que não se importe), o poema que me dedicou pelo meu aniversário.

Grata por todo o seu carinho.

Um abraço ;)

Manuel Veiga disse...

deslumbrante a vibração das tuas palavras. tão belas!

... são elas que dão "rubor" às malvas floridas!

hfm disse...

Enquanto a lia pensei em Cesário e não foi numa associação ao Pick-nick e ao seu "ramalhete rubro de papoilas" mas sim à fluência poética de cada palavra que completa a outra como as harmonias na música.

Graça Pires disse...

Obrigada Menina pela visita e por ter divulgado o poema "no olhar de uma mulher". Um beijo.

Maria, são carinhosas as tuas palavras. Um beijo.

Sophiamar, gosto das tuas visitas. Um beijo.

Teresa, é sempre um gosto ler as tuas mensagens. Um beijo.

Herético. Obrigada. Fico sensibilizada. Um abraço.

Helena, que bom teres lembrado Cesário ao ler-me. Todos os poetas me influenciaram. E eu deixo... Um beijo e obrigada.

vieira calado disse...

" deslumbrado o sol" é uma bela transposição.