de acertar os livros pelas lombadas.
Qualquer desalinho me devolve
agora a leitura inicial.
Indago a visão concreta do invisível
para virar a linguagem do avesso
e ler nas entrelinhas
o que antes me pareceu ilegível
nas palavras desviadas
nos sons discordantes.
E deixo que a fala se estenda pelas
páginas de um livro entreaberto.
Como folhas de árvores no jogo do vento
ou um grito claro de ondas em tempestade
ou a perfeição repentina de um círculo
ou a ortografia de silêncios presa às mãos.