Com uma perturbação herdada das sombras,
a luz excessiva de agosto adormeceu nos olhos
das aves fatigadas pela travessia das manhãs.
É possível improvisar, agora, a nesga de cor
que lhes define as asas: um rubor de malvas
floridas, deslumbrando o sol.
Graça Pires
a luz excessiva de agosto adormeceu nos olhos
das aves fatigadas pela travessia das manhãs.
É possível improvisar, agora, a nesga de cor
que lhes define as asas: um rubor de malvas
floridas, deslumbrando o sol.
Graça Pires
De Quando as estevas entraram no poema, 2005
9 comentários:
Mas como é belo este rubor!
Beijinhos, como são belas as suas palavras!
«deslumbrando o sol»
deslumbrando o leitor também...
Vim ler o teu poema, deixar-te um beijinho e desejar-te um bom fim de semana.
Belas palavras e bela flor.
ainda bem que estas aves, apesar da perturbação, consegem improvisar
belo
Vim deixar um abraço carinhoso e dizer que é com imenso orgulho que coloquei no meu blogue (espero que não se importe), o poema que me dedicou pelo meu aniversário.
Grata por todo o seu carinho.
Um abraço ;)
deslumbrante a vibração das tuas palavras. tão belas!
... são elas que dão "rubor" às malvas floridas!
Enquanto a lia pensei em Cesário e não foi numa associação ao Pick-nick e ao seu "ramalhete rubro de papoilas" mas sim à fluência poética de cada palavra que completa a outra como as harmonias na música.
Obrigada Menina pela visita e por ter divulgado o poema "no olhar de uma mulher". Um beijo.
Maria, são carinhosas as tuas palavras. Um beijo.
Sophiamar, gosto das tuas visitas. Um beijo.
Teresa, é sempre um gosto ler as tuas mensagens. Um beijo.
Herético. Obrigada. Fico sensibilizada. Um abraço.
Helena, que bom teres lembrado Cesário ao ler-me. Todos os poetas me influenciaram. E eu deixo... Um beijo e obrigada.
" deslumbrado o sol" é uma bela transposição.
Enviar um comentário