Somente a minha sombra
atravessou comigo
o brilho das manhãs
cativas do meu próprio espanto.
Em meus lábios,
tão repousados de beijos,
ocultei a sede
e nenhum horizonte
me apontou um rumor
de nascente.
Por isso, hoje,
escrevo rio
e um estuário
nasce-me nos olhos:
curso de água
à beira do verão.
Graça Pires
De Uma extensa mancha de sonhos, 2008
31 comentários:
e escreves muito bem...
em todas as estações, a todos os rios...
abraço Graça
e eu escrevo chegada. pedindo desculpa pela ausência....:( não é esquecimento. seria impossível.
antes um "parvo" de um impedimento......que há de passar.
mas leio leio e re-leio.
adivinha quem?
:)
beijooooooooooooooooooo!
Querida Amiga
Desculpa a minha ausência. Às vezes não encontro explicação para tal. É este o caso. E tu sabes quanto gosto de poesia, destas metáforas que tanto enriquecem o poema ( um estuário nasce-me nos olhos...)destes sentires, das imagens que se soltam da leitura.
Beijinhos
Bem hajas!
Beijinhos
Minha Amiga:
Quando escreve "rio" e um "estuário" nasce-me nos olhos um curso de água à beira do verão. Admirável. Sentido. Profundo.
Adorei! Genial de encanto e ternura que jorra do seu lindo ser.
Adorei!
Beijinhos puros de amizade que estima muito e respeita imenso.
Sempre a admirá-la e a aconsiderá-la
pena
beijo de céu, terra e mar
beijo de maré à secura da praia.
compasso aberto de espuma...
belíssima imagética
bj
maré
Que o curso de água à beira do verão nunca seque e o seu caudal de poesia continue a engrossar este vasto mar de leitores.
Um grande abraço.
um curso de água para nos refrescar. bom fim de semana.
Tanto o poema como a foto me agradaram muito.
Feliz final de semana.
Um rio de palavras e imagens mágicas...
Beijo.
Aqui, encontro poesia! Escrita em Língua Portuguesa - a nossa! É por estes rios que deveria apenas e só navegar! É nestes rios que as manhãs são mais brilhantes! As tardes mais plácidas. As noites mais tranquilas! É com estes rios de poesia que se me aquieta a alma!
Um beijo,
Fátima (amiga Teresa P.)
a nascente estava lá. no pousio dos lábios. e o rio na margem das manhãs.
muito belo. como verão antecipado. ou será tardio?
adorei.
Muito bem escrito.
Os cursos de água a reforçar a identidade, através da sombra que o horizonte nunca desfaz.
Minha querida Amiga
Nenhum tempo se repete, pela simples razão de que não podemos repetir-nos. Mesmo que o rio fosse o mesmo - e da mesma maneiros, com o mesmo brilho, os mesmos cheiros -não o seriam os nossos olhos. Nem o seriam o nosso coração.
Mais um belo poema.
Bjs
Só depois de publicado é que vi as gralhas. Por elas me penitencio.
Lindo... Como sempre! Gosto da imagem de se escrever rio com um
estuário a escorrer dos olhos...
Bjs.
e escreves muito o rio (poema) e o rio (foto).
beij
Bem bom, como sempre.
Bjs
as palavras são a própria água :) beijinho grande, graça.
É um poema que aconchega a alma porque liberta a força do mar e respira a calma e a ociocidade dos dias de verão...
abraço poético
E escrever assim não pode ter pausas
Um rumor de águas de verão. Sábias, de superfícies serenas e de tumultuosas profundezas.
Um beijo.
Belíssimo! Como a tua 'extensa mancha de sonhos'.
Beijo no coração
E esse curso é sempre caudaloso e fértil em sentimentos. Beijos
...lindo! Seu poema deslizou ante meus olhos...Gostei, muito!!!
Beijos e muita luz...
E que bem que escreves rio!! Bonito. Beijos.
do verão, as tardes amenas
um poema à beira do verão e à beira-água.
muito bonito.
parabéns pelas tuas palavras
um beijinho
jorge
p.s.
tens um livrinho assinado para ti
«e um estuário
nasce-me nos olhos:»
e este belíssimo poema, Graça!
beijo.
Fermosas palabras estacionais companheira, moi fermosas. O teu talento arrecende nesta estación...
Beijinhossssssss.
:)
1 abraco de Strasburgo.
nos teus olhos,
as águas parecem serenas
correm devagar,
ao sabor de um leve vento
lagos,
que em movimento ao verão se atrevem
para não secar antes de chegar
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