24.2.15

És um navegante solitário

                                             Edward Hopper                                

                                               Para o Victor Oliveira Mateus

És um navegante solitário.
Cartografas com precisão
todos os vórtices.
E deixas que uma luz coada
entre no convés, pela escotilha,
para esqueceres como são brutais
e longas as cordas da noite
quando recolhes os despojos
dos naufrágios mais secretos.

Graça Pires
De Espaço livre com barcos, 2014

48 comentários:

chica disse...

Graça sempre divina e uma preciosa leitura! abraços,chica

Gaby Lirie disse...

Somos esses navegantes solitários, em momentos procuramos portos, em momentos queremos continuar a navegar distante.

Beijos!

Shirley Brunelli disse...

Genial, Graça...Parabéns!!!
Grande abraço!

Samuel F. Pimenta disse...

Que poema maravilhoso e que homenagem mais bonita!

Um beijinho, Graça, e um abraço, Victor.

Marta Vinhais disse...

Precisamos sempre de um porto de abrigo para fortalecer e depois navegar com as ondas a procura de nos...
Lindo....
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta

Ives disse...

E por onde será que navega esse lindo barco. abraços

José Manuel Vilhena disse...

Hopper e navegantes solitários... excelente ligação.
Bj

Rita Freitas disse...

Quantas vezes temos de recolher os despojos!
Maravilhoso este poema.

Bjs

Majo disse...

~
~ Forte como uma tempestade...

~ ~ Abraço amigo. ~ ~
~ ~ ~

Mar Arável disse...

és como te vejo

bjs tantos

Sinval Santos da Silveira disse...

Amiga, Graça Pires !
Que maravilha de resgate literário.
trouxeste à luz da compreensão, o que parecia perdido nas profundezas da noite sem fim. Parabéns, querida.
Um caloroso abraço, aqui do Brasil.
Sinval.

Benó disse...

Navegantes solitários em mares desconhecidos na busca de si próprios. Será este o caso?

Fê blue bird disse...

Decerto o destinatário se reconheceu no seu belo poema.

beijinho

Smareis disse...

Uma linda homenagem!
Soberbo tuas letras

Um abraço!

Luis Eme disse...

somos todos um pouco navegadores solitários...

abraço Graça

Cadinho RoCo disse...

Por vezes me sinto navegante solitário.
Cadinho RoCo

Teresa Durães disse...

uma luz que relembre que o dia já aí vem!

bj

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

acho que somos todos um pouco navegantes solitários.
o Victor já deve conhecer este poema e acho que deve ter ficado muito feliz!
um beijo de admiração.
:)

O Puma disse...

Por vezes sós

mas nunca isolados

Bj

Ailime disse...

Boa noite Graça,
Um poema fabuloso de quem, para além de possuir uma alma poética enorme, conhece profundamente o ser humano e o imortaliza em momentos tão sublimes como este.
Beijinhos,
Ailime

Pérola disse...

ao sabor de ondas, soprada por vendavais a embarcação acolhe o seu marinheiro.

Que linda inspiração a tua!

Beijo

Manuel Veiga disse...

a arte de marinhagem...

e a excelência da tua Poesia.

beijo

Alfredo Rangel disse...

Naufrágios, sobretudo os mais secretos,
produzem despojos que, recolhidos à noite, ganham significado de caladas tragédias...
Sempre especial, Graça, sua linda presença nos espaços mais humildes, como o almatua.

beijo

manuela barroso disse...


Quando uma poesia é bela demais, não há palavras possíveis. Emudece-se como, com "as cordas longas da noite"!
Maravilhoso navegar consigo, Graça!
Abraço fraterno!

Odete Ferreira disse...

O destinatário só pode ficar ufano perante a beleza e grandeza deste poema.
Recolher "os despojos dos naufrágios mais secretos" é um nobre gesto, apanágio de almas sensíveis.
Bjo, Graça :)

Louisette disse...

Wonderfull love much, greeting from Belgium

tb disse...

Tal e qual o Victor.
Bela poesia, a tua amiga. Sempre tão terna mas poderosa.
Beijinho, Graça.

Anónimo disse...

Querida Graça,

Obrigado por este belíssimo poema. A crítica institucionalizada continua a ignorar a tua obra, felizmente que a outra continua atenta e isso, diz-nos a história da cultura, é um bom presságio...
Um beijo de amizade e admiração

Victor Oliveira Mateus

Unknown disse...

Olá Graça,
Solidão e naufrágios são constantes.

bj amg

Zilani Célia disse...

OI GRAÇA!
O HOMENAGEADO DEVE SENTIR-SE ESPECIAL, POIS INSPIRAR TÃO BELA POESIA É PARA POUCOS.
LINDO DEMAIS AMIGA.
ABRÇS
www.gifscantinhoencantado.com.br

vendedor de ilusão disse...

Estupendo, tocante e belo...
Beijo.

ManuelFL disse...

A música das palavras da Graça é uma arte poética que celebra a amizade. É uma magnífica cartografia da imaginação de um navegante solitário que não desiste do esplendor da sua condição humana.

Um abraço, Victor.

allmylife disse...

Palavras que enchem de ternura e luz.

Ana Tapadas disse...

Que belo! Quase desnuda a alma do destinatário do poema...

Beijo meu

teresa p. disse...

Um belíssimo poema para "um navegador solitário", como, afinal, somos todos nós ao longo da vida.
A imagem é fabulosa e tem tudo a ver com as palavras.
Beijo.

São disse...

Não é para mim, mas poderia ser...

beijinhos, linda !

Maria Rodrigues disse...

Todos nós somos algures na vida navegantes solitários.
Belissimo poema.
Beijinhos
Maria

AC disse...

Graça,
Essa luz coada faz toda a diferença.
Como sempre, um poema para fruir interiorizando.

beijo :)

Agostinho disse...

Boa noite, Graça.
Este poema arrasta-me para o vórtice.
Quem sabe deixar a luz acesa
a corda que o acorda e salva
do negrume que há em si?
Até o jubilosamente aparelhado,
é um solitário de si.

Braulio Pereira disse...

sublime Tempestade..

beijos.

Cia. De Teatro Atemporal disse...

Olá, Dona Graça!

Gostei muito desta postagem!

Parabéns!

Receba um abraço bem espremido da Cia. De Teatro Atemporal!

Clemente.

http://ciaatemporal.blogspot.com.br/
http://serginhoclementetextos.blogspot.com.br/

Nilson Barcelli disse...

Apesar dos naufrágios, navegar é preciso...
Mais um excelente poema. Nunca o fazes por menos.
Tem uma boa semana, querida amiga Graça.
Beijo.

Laura Ferreira disse...

gosto.

Elizabeth F. de Oliveira disse...

Belíssimo esse poema e a homenagem ao Victor Oliveira Mateus!
O lirismo de teus versos navegando poeticamente em nossos corações.
Um beijo, minha querida!

jorge esteves disse...

Salgado. Ou até estrangeiro dele mesmo.
Gostei!

jorge

Teresa Almeida disse...

Há luzes poéticas de intensa beleza.
Obrigada.
Beijinho.

LuísM Castanheira disse...

Um belíssimo poema a retratar a viagem solitária de todos nós.
Nascemos e morremos entre a luz e a escuridão e, pelo caminho, há as sombras de escombros, recolhidos em memórias.
Mas a Vida nada seria sem as lembranças desta travessia.
Um beijo, Graça, e obrigado pela profundidade desta homenagem.

Parapeito disse...

Uma bela maneira de poe(mar) uma amigo
Abraço***