23.8.07

Madrugada de pássaros

G. Braque

Madrugada de pássaros, nos disseram.
E falavam do alvoroço matinal do silêncio,
perseguindo a luz.
Era verão. À roda da cintura,
pendurávamos o musgo da manhã
e íamos, de lábios molhados, regar o pomar.
Os teus olhos ardendo no meu corpo.


Graça Pires
De Quando as estevas entraram no poema, 2005

6 comentários:

Anónimo disse...

a luz, uma cumplicidade de gestos... gostei muito!

Licínia Quitério disse...

Claro que é POESIA o que escreve. Não queria deixar de lhe dizer quanto a aprecio.

Luis Eme disse...

Linda a tua madrugada de pássaros...

João Filipe Ferreira disse...

eu e pedro lopes do site www.luso-poemas.net estamos a pensar fazer uma antologia 100 autores, 100 poemas pela ecopy. Neste projecto cada autor participa com 1 texto. O unico custo que terá é comprar 1 livro, ou seja terá o preço de 12 euros. é um livro que pode estar em qlq loja que qualquer autor arranje para além das muitas lojas onde está presente, pensei em a convidar, se quiser será um prazer:)
pode responder para pedro_lopes777@hotmail.com
beijinho

Graça Pires disse...

Maria, a cumplicidade de gestos, como referes, é sempre gostosa. Obrigada e um beijo.

Licínia Quitério, muito obrigada por esta mensagem que me sensibiliza. Irei visitar o teu Sítio do Poema. Um beijo.

Obrigada Luis. Um abraço para ti.

Obrigada pelo convite João Filipe Ferreira.

Manuel Veiga disse...

que teu olhar não se canse. e nos traga sempre o alvoroço matinal de teus poemas.