Monet
Sempre foram fortuitas as palavras
Sempre foram fortuitas as palavras
na génese da utopia. Eu sei.
O exílio existe num quarto vazio de abraços,
quando a agonia pernoita
O exílio existe num quarto vazio de abraços,
quando a agonia pernoita
no interior aguado dos olhos.
Faço do pensamento a muralha de um cais.
Nos teus dedos vejo um mar
Faço do pensamento a muralha de um cais.
Nos teus dedos vejo um mar
com um barco em primeiro plano.
O teu corpo, húmido aviso dos meus sentidos,
tece cumplicidades na minha língua.
Os nossos movimentos equivalem-se:
Ondulação lasciva. Labirinto de búzios.
O teu corpo, húmido aviso dos meus sentidos,
tece cumplicidades na minha língua.
Os nossos movimentos equivalem-se:
Ondulação lasciva. Labirinto de búzios.
Agasalho secreto.
Os teus olhos atónitos com o júbilo dos meus.
Graça Pires
De Conjugar afectos, 1997
Os teus olhos atónitos com o júbilo dos meus.
Graça Pires
De Conjugar afectos, 1997
52 comentários:
Sempre em crescendo. Belíssimo!
muitoo, muito belo mesmo!
ache muito suave e bonita a forma como escreves!!
parabéns!!
:)
http://zonzobulando.blogspot.com/
Amiga Graça,
que prazer eu tenho em ler-te! Este belo fragmento do livro Conjugar Afectos é a personificação do título. Lindo! Obrigada pela partilha. A ilustração de Monet é belíssima.
Carinhoso beijo.
As muralhas...são sempre um impedimento...
Beijo d'anjo
Se não fosse essas muralhas, como sobreviveríamos à partida dos barcos?
Lindo!
Abraço, Graça.
do anoitecer
suspiro profundo
no cais do prazer
esqueço o Mundo
lenbrei-te doces cançoes
ainda bem
sou feliz tanbem...
semeio ilusôes
beijos meus!!
Atónitos... e só o começo.
Lindo!
Beijo.
Cara Graça Pires;
Poema de excelência.
Aqui as palavras não são fortuitas; são de uma pujança e beleza poética tão belas, que nos obrigam a fazer uma agradável viagem através delas.
É, para mim, um privilégio continuar a ler a sua poesia.
Um grande abraço.
Carlos Pereira
Olá Graça,
reparo o quanto o mar invade os seus poemas, o quanto os seus poemas nos envolvem nas marés, nos segredos escondidos em cada concha.
Um beijinho
Helena
Lindo de morrer.
Beijo
Os meus olhos atónitos com a força das tuas palavras.
Gostei. Agradeço as palavras.
bj
Gui
coisasdaveta.blogs.sapo.pt
Graça
um poema de amor
é uma certeza espantada
no olhar do outro
dos búzios
dos barcos
e da lã
falaremos sempre depois!
fazendo deste cais
um pensamento,
um beijo
manuela
Fabuloso poema, querida amiga.
Há 13 anos, a excelência já era a nota dominante na tua poesia.
Beijos.
Preciosa e Estimada Poetiza Amiga:
Os seus versos de fascínio já não surpreendem ninguém. São sublimes e maravilhosos.
Um soberbo poema de sedução.
Extraordinário. Pura beleza e pureza.
Adorei.
Beijinhos amigos sinceros pelo encanto expresso no meu blogue.
Com respeito e admiração constante pela beleza poética que mora em si e no que concebe de deslumbre.
Grato.
pena
Bem-Haja, doce poetiza de sonho.
É magistral de talento.
Parabéns.
Desculpa a pouca modéstia (porque o texto está estupendo) mas este texto poderia ser meu..........identifico-me totalmente com esta escrita
...esta casa cheira a poesis,
e das melhores, é claro.
delícia estar aqui, e agradecendo
a você pela doce visita.
bj
Suave, terno, secreto....
Belo....
Adorei....
Beijos e abraços
Marta
Gosto tanto deste!
Um cais cheio de luas e marés.
:)
Belo!
Como sempre!
Beijinhos, amiga!
bonito e quente...
abraço Graça
Estupenda imagem a de fazer do pensamento a muralha de um cais!!
Abraço-te.
são fortuitas as palavras quando ficam muito aquém do escrito
excelente
.
um beijo
Belíssimo, Graça. Uma leitura de muito prazer.
Um beijo.
GRAÇA
Um beijo em forma de poema.
Foi bom passar por aqui e ver cor e beleza.
achei este poema como todos os da autora, muito bom e o final está sublime.
um beijo de maresia
Para lá da muralha um mundo repleto de sentidos e imagens...
Um mundo real na subjectividade dos sonhos!...
Maravilhástico Graça!
bjs e bom fim de semana!
José
E eu atónito com a beleza do poema. Parabéns!
Beijo :)
confesso que fiquei presa ao título que encerra um poema por si só. gostei muito, graça. um beijo e votos de bom fim-de-semana.
Tens, uma forma carinhosa de escrever
Amei conhecer esse cantinho de belos poemas e textos...
Te sigo com carinho, estarei sempre a visitar
Abraços carinhoso
Preciosa Maria
Praticamente acabamos de chegar, mas deixo meu carinho e um beijo cheio de saudade.
Beijo imenso, menina linda.
Rebeca
-
É um prazer relancear o olhar por aqui.
Um beijo.
Os teus textos
são talhados com o fogo
tal como as plantas florescem
com o calor do sol.
Eu, limito-me a guardar um suspiro
do escultor de tão deliciosas palavras...
BjO´ss
AL
envolvente Poema.
que da "génese da utopia" sobe a espiral do Desejo e a ondulação dos corpos...
... como barcos além do cais...
belissimo.
beijos
Oi Graça querida,
é sempre um momento de reflexão e prazer vir aqui e apreciar seus textos... Belo escrito poético. Bj.
Belo texto.
uma brisa poético em beleza e profundidade...
beijinho,
Véu de Maya
O exílio existe lá...num quarto vazio de abraços. Nesse quarto ficamos longe de nós próprios, com as nossas muralhas. Um belo poema, exacto...
Um beijo
"o exílio existe num quarto vazio de abraços,..."
É lindíssimo este poema, como um cântico de Amor, íntimo e envolvente!
A tela de Monet enquadra-se de forma perfeita!
Beijo.
os quartos, na solidão, sempre costruim exílios... um poema belo e sábio,
um beijo
Uma introdução linda!
(O resto também... :)
Há imagens que me tocam especialmente:
"O exílio existe num quarto vazio de abraços,
quando a agonia pernoita
no interior aguado dos olhos."
ou
"Faço do pensamento a muralha de um cais.
Nos teus dedos vejo um mar
com um barco em primeiro plano."
Um abraço.
Graça,
emocionou-me mais uma vez.
E tocou delicadamente as cordas da reflexão.
Um abraço.
Vim à procura de mais
E embati no teu cais
Mas se do silêncio não sais
Ainda te ponho aos ais...
Desculpa a brejeirice...
Beijos, querida amiga.
Um mar de afectos e sensações num soberbo poema. Belíssimo post.
Bjito
"...O exílio existe num quarto vazio de abraços,
quando a agonia pernoitano interior aguado dos olhos.
Faço do pensamento a muralha de um cais."
Que dizer perante estas palavras? Interiorizo-as e, como cão que lambe as cicatrizes, deixo-me absorver por elas… no meu próprio cais da Vida… enquanto aguardo por entre um "labirinto de búzios" que me seja devolvida a esperança do final do poema...
Grata por este momento
Um abraço
Graça, tus versos:'nos teus dedos vejo um mar', e meus versos: meus olhos devem ser farois de alguma ilha perdida... por que fazemos da imagem a pátria de nossa vida?
Por que metaforizamos? Que estranho sortilégio, encantamento fazem-nos mergulhar neste labirinto da beleza?
Belo poema, minha amiga, e não nos esqueçamos: a poesia nos liberta.
Bjos.
da solidão à utopia, ao sonho do amor, versado em sensualidade e pleno de emoções e imagens de mar.
lindo!
beijinho.
Faço do pensamento a muralha de um cais.
a excelência de um verso que se repercute ao longo do poema
.
um beijo
AMEI, como sempre!
E concordo que há pr'aí tantos exílios escondidos, uns bons e outros maus evidentemente, consoante o que a presença dos olhos nos dá a conhecer.
Bjs. Graça e Parabéns...é impossível não me repetir.
Maria Mamede
irradia
musicalidade
Belo poema, Graça, sempre as metáforas inusitadas a serviço de uma percepção sensorial que nos abre a porta do júbilo secreto.
Grande abraço, minha querida amiga.
um mar de sentires...seus...
lindo
brisas doces para si****
Ah..que lindo !!!
b eijos
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