6.9.21

Lamento



Olhem para nós. Ouçam-nos. 
Não somos vultos sem identidade.
Somos mulheres. 
Somos mães filhas irmãs amigas. 
Temos um nome. 
Indefesas frente ao terror 
é silencioso o lamento o grito o arrepio. 
Qualquer gesto nos pode destruir. 
Ficámos sem chão. 
Avistamos a montanha 
mas um deserto invisível 
acorrenta-nos os pés. 
O céu é um abismo. 
Onde estão as estrelas 
os anjos o nosso deus? 
Não. Não choramos. 
Temos o olhar parado nos livros proibidos
na inutilidade dos dias que hão-de vir 
nas palavras reprimidas
na mais indecifrável prece 
tão perto da descrença. 
Quem poderá salvar-nos? 

Graça Pires, Set. 2021

68 comentários:

brancas nuvens negras disse...

Uma tragédia, inadmissível nos dias de hoje mas, há culpados e não são só os assassinos.
Um abraço

Francisco Manuel Carrajola Oliveira disse...

Uma verdadeira tragédia.
Um abraço e boa semana.

Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros

Marta Vinhais disse...

Infelizmente, ainda há quem ignore esses gritos e negue voz a quem tanto para dizer....
Gostei muito....
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta

Sandi disse...

Nossa ajuda vem do Senhor.

Não entendo o que fizemos com o Afeganistão. Nossos monstros aqui pararam de falar sobre isso, mas há alguns caras bons tentando resgatar pessoas.

Perdoe-nos.

Mário Margaride disse...

Olá, amiga Graça.
Uma realidade pertinente, no Afeganistão e noutros países muçulmanos, como um exemplo maior,a Arábia Saudita.
Esperemos que estas mulheres consigam ser livres, fora das amarras cínicas da religião.

Excelente poema!

Votos de uma excelente semana, com muita saúde.
Beijinhos!

Mário Margaride

http://poesiaaquiesta.blogspot.com

chica disse...

Um lamento cheio de razão de ser.Triste demais essa realidade! Ótima semana, beijos, chica

Manuel disse...

Sobre esta triste realidad que les espera de nuevo, a las mujeres afganas, no nos podemos quedar impasibles, por lo que hay que remover conciencias. Y tu, con tu poema lo has conseguido, por lo que te felicito y agradezco.
Un abrazo.

" R y k @ r d o " disse...

E o mundo a assistir impávido e sereno à tragédia que está a acontecer no Afeganistão. Ataques, morte, destruição, sem direito humanos para as mulheres, é assim a democracia dos afegãos. E o mundo a ver sem reagir...
.
Cordiais saudações
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
.

Flor disse...

Muito triste! Estamos no século XXI mas parece que redreguiram para a Idade da Pedra.
Infelizmente não vejo melhorias á vista. Belíssimo poema, muito actual. Beijinhos Graça.

Luis Eme disse...

Talvez tenham de ser elas, sozinhas, a salvarem-se, lutando todos os dias e conquistando o apoio dos seus homens para a sua luta.

abraço Graça

Cidália Ferreira disse...

E assim vai o mundo. Quando nos queixamos de alguma coisa deveríamos olhar para estas Mulheres! Amei :))
.
Olhar tentador ...
.
Beijos. Votos de uma excelente semana.

UIFPW08 disse...

Linda foto linde parole
Morris

LuísM Castanheira disse...

Com meus olhos de ocidental o que vejo é um povo - se assim se poderá definir - composto de tribos - a povoarem um território, de culturas ancestrais. São as religiões a dividi-los, num obscurantismo primitivo, que fez um longo caminho. Um caminho de pedras e maldade ao longo dos séculos.
Por isso penso que não é pelas armas ou
pela cópia da nossa forma de civilização que serão salvos. Serão salvos se se salvarem a eles mesmo.
E tem havido exemplos corajosos de mulheres que pretendem alterar este estado de coisa, pelo fim da subalternização e exploração da mulher.
Infelizmente, o sonho regrediu. Mas a semente está lá. Veremos se germina.

Um poema dorido, como só uma mulher sensível, o pode sentir e expressar.
Um viva à Poeta.

Um beijo, querida amiga Graça.
Boa semana, com saúde e paz.

NAMIBIANO FERREIRA disse...

As tuas palavras, querida poeta, são levadas nas asas negras e doridas das andorinhas migrando num luto profundo de roxa amargura.

Sinval Santos da Silveira disse...



Mestra / Poetisa, Graça Pires !
Senti tua dor em meu peito.
O Mundo, também...
Certamente, DEUS está atento e não será
indiferente ao sofrimento aquelas mulheres.
Parabéns pelo "lamento", uma verdadeira Oração !
Uma Ótima semana e um carinhoso abraço, aqui do
Brasil !
Sinval.

Ailime disse...

Boa tarde Graça,
Um poema muito belo retrato fiel dum sofrimento real.
Quem poderá valer a estas Mulheres?
Uma incógnita que infelizmente nos escapa, mas que a Poeta num grito sublime deu voz!
Um beijinho, minha Amiga e Enorme Poeta.
Desejo-lhe uma boa semana, com muita saúde.
Ailime

Majo Dutra disse...

Há quem grite por elas...

E a Graça fê-lo de um modo exemplar.

De volta. Beijinhos, Poeta amiga.
~~~~

carlos perrotti disse...

Seu poema denuncia, Graça, e força a reflexão. Quanto tempo falta para acabar com os obscurantismos... Como é possível que certos comportamentos sejam hoje em día admitidos... A humanidade ainda dói.

Grande abraço, Poeta. Cuide-se, por favor.

bea disse...

A Graça já lhe chamou Lamento, nome que também eu lhe daria. E julgo que quando um povo é malvado para com um grupo dos seus e o manieta, há ou deveria haver o poder e o dever de interferir. Como lamento é certeiro, não pode haver melhor.

ManuelFL disse...


Quem poderá salvar estas mulheres?
Elas próprias, certamente. E aqueles que as amam e as respeitam.
Mas é preciso ouvi-las, respeitá-las, e bradar bem alto o seu lamento.
Como faz a Graça neste poema que tanto nos perturba e interpela.

teresadias disse...

Quero acreditar na força e determinação daquelas mulheres.
Minha querida amiga, o teu emotivo poema-grito (e a imagem) comoveu-me.
Beijo, saúde, boa semana.
(A RTP3 está a emitir o documentário "AFEGANISTÃO - A terra ferida", 4 episódios. Começou ontem. Recomendo.)

Manuel Veiga disse...

a poesia é para comer! w para "libertar!
não sei o quee mais me agrada - se a beleza formal
se a sábia denuncia da POETA....

beijo, Amiga

José Carlos Sant Anna disse...

É preciso mais do que nunca ouvir as vozes dos excluídos. Pungente este poema, minha amiga!
Vigoroso, contundente! Ainda bem que a tua voz não se cala!
Uma boa semana, Graça, cuidando-se

fatimawines disse...

Olá, Graça!

Boa pergunta8(?)."Quem poderá salvar-nos". Coloco a questão de outro modo. Quem não nos poderá salvar? A cultura faz parte da identidade de um povo. Porém, aos olhos do mundo ocidental, a liberdade é o bem maior. Saibamos viver em sociedade.

J.P. Alexander disse...

Bello y conmovedor poema. Gay que hacer conciencia de lo que pasa a esas mujeres. Te mando un beso

Elvira Carvalho disse...

Um doloroso lamento, o destas mulheres que ninguém quer ouvir ou salvar. Há A mulher e a poesia, postei há dias um poema de uma poetisa afegã, Nadia Anjuman assassinada pelo marido em 2005, com apenas 25 anos, apenas porque queria ir visitar a irmã contra a vontade do marido. Amanhã estará também no Sexta outro poema dela.
Este seu poema emociona e revolta.
Abraço, saúde e uma boa semana

Os olhares da Gracinha! disse...

Um grito... Um pedido... 👏👏👏
Boa semana

JUAN FUENTES disse...

Las religiones nos pueden ofrecer esos espectáculos

pensandoemfamilia disse...

Uma realidade aviltante expressa em sua poesia. O mundo precisa se unir para que de lamento se passe para a libertação. Bjs

José Ramón disse...

Estupendo poema de una realidad muy triste. Cuídate mucho... Saludos

Roselia Bezerra disse...

Boa noite de paz, querida amiga Graça!
Estamos em preces, um eco mundial de orações provenientes do coração dos que se incomodam sim com tamanha injustiça.
Muito bonito seu grito poético.
Tenha novos dias abençoados!
Beijinhos com carinho de gratidão

São disse...

Tomemos as mulheres afegãs como um símbolo poderoso de todas as mulheres oprimidas e silenciadas pelo machismo reinante na sociedade mundial e reforçado por estúpidos dogmas religiosos!

Te abraço, minha Amiga, excelente semana !

Maria Emilia B. Teixeira disse...

Texto impecável sobre essa triste realidade! Só Deus! Tenha uma boa noite.Bjs.

Ana Freire disse...

São um símbolo do quão periclitante continua a ser o universo feminino, e as suas conquistas, em pleno século XXI e do quanto tudo pode mudar de repente, em contextos políticos, em que os seus lideres tenham tiques ditatoriais...
E se nos lembrarmos do episódio do "sofagate", na altura comentado pelo mundo inteiro, quando Von der Leyen não teve direito a uma cadeira, quando foi encontrar-se com o presidente turco... vemos que tal mentalidade, continua bem presente em tantos outros pontos do mundo... e às vezes, em países, bem mais liberais, mas de uma forma bem mais subtil...
Magnifica inspiração, Graça... que deu voz, a quem só lhe é permitido respirar... segundo este regime as mulheres não devem ser ouvidas, no que quer que façam... li a lista de restrições que lhes estão impostas, no outro dia... é qualquer coisa de inimaginável... até a assistência médica lhes é vedada... nenhuma mulher, pode ter um médico homem, e médicas mulheres... contam-se pelos dedos, as que exercem alguma profissão no momento, fora de casa...
Segundo um jornal on-line britânico, uma mulher polícia de alto cargo, grávida, foi executada em publico, por estes dias, porque mandou retirar uma bandeira, do novo regime, das instalações policiais onde trabalhava...
Cada dia, por lá, será um puro exercício de sobrevivência...
Um beijinho grande! Continuação de uma excelente semana!
Ana

Emília Pinto disse...

O que se passa no Afeganistão está a chocar os " homens de boa vontade", porque as grandes potências, essas que dizem querer repor a dignidade ao povo, estão mais interessadas no subsolo rico em minerais. Quem poderá ajudar estas muheres? Sinceramente, não sei...sei que não devemos impôr a nossa cultura a esses paises tão diferentes; são eles que devem procurar o seu caminho e as mulheres, as mais sacrificadas, têm de " levantar a voz" mesmo sabendo os riscos terriveis que correm. Tenho notado, Graça, que a tua preocupação maior, aqui no blog é a condição da mulher, através dos posts " As mulheres de Modigliani, Isadora e agora , estas, sem rosto, sem voz, sem nome e penso que, sim, estás certa; apesar da grande evolução nos direitos da mulher, ainda há muito a fazer e, por esse mundo fora, há uma imensidão de mulheres e crianças pedindo socorro; pouco ou nada podemos fazer, a não ser, como fazes, " cantando-as " em belos versos, tristes, mas que nos levam a pensar; acolhamos, com o coração, todos aqueles que chegam ao nosso país, procurando refúgio , ajudando-os, como pudermos , a ssntirem-se respeitados como seres humanos. Esse é o nosso dever! Obrigada, Graça, por este lamento que, se me permites, também é o meu. Um beijinho e SAÚDE para todos aí em casa
Emilia

baili disse...

a poignant and inspiring expression dear Grace !

hats off to you for such amazing tribute to women who born in the country where gender difference is considered s larger than life and women are treated poorly than animals .this is one of the saddest reality on earth i believe .but as far as who will save us ?
s nation or as an individual everyone has to fight for herself .being a woman even borrowing help can cast lot .
health ,peace and happiness to you and loved ones!

Maria Rodrigues disse...

Uma triste e dolorosa situação. Infelizmente, são apelos que ficam moribundos e sem solução à vista.
Um poema sublime!
Beijinhos

Rajani Rehana disse...

Super blog

A.S. disse...

"Humilhadas, quase divinas,
estas mulheres submersas, caminham devagar,
sem que se veja um gesto, um esgar,
ou se oiça um grito sufocado.
Somente a sombra do medo se passeia
absoluta, suprema, invulnerável!"

PARA ONDE CAMINHAMOS?

Permite que junte o meu grito ao teu Graça!
Gritemos todos, porque talvez seja o que nos resta!

Uma boa semana minha Amiga, com muita saúde.
Um abraço!

partilha de silêncios disse...

Triste realidade a que o mundo assiste sem reagir.
Uma semana Feliz

Pedro Luso de Carvalho disse...

Olá, Graça, esse seu belo poema não será apenas uma gota d'água levada num bico de um pássaro para apagar um incêndio na floresta, mas poderá ser muito mais que isso, em razão do seu forte conteúdo cultural e humano e também pela força que tem a internet.
Ouvi, há pouco, uma reportagem sobre as mulheres que estão clamando pelos seus direitos, no Afeganistão. Elas querem estudar, trabalhar, ter uma vida um pouco parecida com a das mulheres do ocidente. Como são mulheres corajosas, acho que conseguirão mudar o seu patamar social, desde que lutem sem desistir desse intento.
Um belo poema, minha amiga.
Uma feliz semana, cuidando-se.
Beijo.

Fá menor disse...

Palavras que gritam à alma.

A ausência de liberdade mata.

Beijinhos e boa semana!

Luiz Gomes disse...

Momentos que não desejamos para nenhuma das mulheres. Uma excelente terça-feira minha amiga Graça.

solfirmino disse...

Qierida amiga, que belo e triste:
"na inutilidade dos dias que hão-de vir" 
Penso na falta de sorte em nascer mulher num lugar desses. Muito triste viver sem liberdade.
Um beijo

Isa Sá disse...

Uma triste realidade a daquelas mulheres.

Isabel Sá
Brilhos da Moda

Tais Luso de Carvalho disse...

Nossa... que foto triste ver isso hoje em dia, querida Graça!
Teu poema é um grito, um pedido... e olhando um tempo para as fotos, conseguimos nos imaginar dentro 'daquilo', o seu significado é um martírio.
Poema muito forte.
Uma feliz semana, querida Graça, com saúde e paz.
Beijinho

Laura. M disse...

Triste ver esto. Es increible que en este siglo XXI siga habiendo mentes tan obtusas y negadas. Le deseo toda la fuerza del mundo para que logren sus derechos y no sea una utopía.
Buen miércoles.
Un abrazo.

Mário Margaride disse...

A situação das mulheres no Afeganistão, infelizmente está cada vez a ser mais degradante. Ainda ontem vi na TV, a repressão a que foram sujeitas durante uma manifestação.
Cruel e lamentável...

Continuação de ótima semana, amiga Graça.
Beijinhos!

Mário Margaride

http://poesiaaquiesta.blogspot.com

lanochedemedianoche disse...

Tremendamente triste y poco razonable, las mujeres sufren demasiado en estas guerras sin futuro.
Abrazo

Margarida Pires disse...

Um poema gritante!
Que triste sina para estas mulheres!
Um abraço recheado de esperança!
Megy Maia🌸🌹🌸

Alécio Souza disse...

Querida Graça,
O seu poema é mesmo um lamento pela falta de liberdade das mulheres no Afeganistão e em outros países pelo mundo afora. Nada justifica retirar os direitos das mulheres, subjugá-las como pessoas que devem obedecer as ordens dos homens, está tudo muito errado. O fundamentalismo religioso prega o machismo e nessa condição não há espaço para as mulheres. Triste realidade.
Um beijo!

Carlos Augusto Pereyra Martínez disse...

Uno aún se pregunta, cómo en pleno siglo de la revolución informática, haya países que mantenegan a las mujeres como seres inferiores, sin derechos, y sometidas a la barbaridad machista, como en ciertas comunidades musulmanas, de bárbara cultura. UN abrazo. Carlos

Mariazita disse...

EXCELENTE!!!
A vida dessas pobres mulheres que, dum momento para o outro, vêem as suas liberdades completamente tolhidas, precisa ser falada, divulgada, proclamada aos quatro ventos.
Parece até coisa de outro planeta o que está acontecendo no Afeganistão.
É preciso fazer muito barulho, para que as nações o condenem e reprimam.

Continuação de boa semana.
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS

Juvenal Nunes disse...

O mundo tem situações e momentos frequentes de atropelos insensíveis aos mais elementares princípios dos direitos humanos, o que, por si só, já é altamente reprovável, mas que dizer perante a angustiante situação contida no verso "na inutilidade dos dias que hão-de vir"?
Abraço amigo.
Juvenal Nunes

Teresa Almeida disse...

Acutilante, minha amiga!

Erguemos os olhos, os braços e o coração num arrepio descontrolado. Como é possível esta situação atávica, fundamentalista e criminosa?

Um beijo, minha querida Graça.

Jaime Portela disse...

A libertação da mulher está ainda muito longe de ser conseguida, principalmente nos países menos desenvolvidos.
Excelente poema, os meus aplausos.
Bom fim de semana, amiga Graça.
Beijo.

teresa p. disse...

"Indefesas frente ao terror é silencioso o lamento o grito o arrepio."
Uma realidade muito dolorosa a destas mulheres que lutam pela liberdade e pela vida. Será que alguém as ouve e poderá ajudar? Pode acontecer, mas elas estão cientes que terão de lutar, até ao fim, pela libertação a que têm direito como seres humanos.
Um poema que é um grito de alerta para todos nós. Maravilhoso, assim como a imagem.
Beijo.

Nal Pontes disse...

Triste esse lamento das mulheres. Tomara que não sejam esquecidas. Te desejo um lindo final de semana na Paz do Senhor Jesus. Bjs querida.

Azka Kamil disse...

Palavras que gritam à alma.

A ausência de liberdade mata.

Beijinhos e boa semana!

Mário Margaride disse...

Cada dia que passa é mais dramática a situação destas mulheres no Afeganistão.
Que o mundo se erga em uníssono contra estas atrocidades.

Bom fim de semana, amiga Graça.
Beijinhos!

Mário Margaride

http://poesiaaquiesta.blogspot.com

lua prateada disse...

Ó mulheres sagradas e abençoadas como todas quereriamos fazer algo por voces...
É denso demais o que religiões desumanismo podem fazer...
Bom fim de semana e e abracito da
SOL

Ana Tapadas disse...

Este é o Poema necessário!

Tão bom saber que a minha poetisa aqui trouxe estas mulheres (como nós) com a beleza das palavras bem urdidas.

Beijo

Patrícia Pinna disse...

Boa noite, Graça. Uma tristeza o que acontece com essas mulheres. A privação da liberdade destrói. Infelizmente são esquecidas e tratadas com menos valia.
Não sei quem poderá socorrer. Tudo é cultural, religioso e político, uma tradição precisada de mudança radical, É CRUEL.
Um grito perfeito o teu poema.
Aplausos.
Tenha uma semana de paz.
Beijos na alma.

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

Um poema que é um grito.
Uma tragédia,que não se pode admitir nem ficar de voz calada.
Que a solidariedade mundial consigiga fazer algo por estas mulher, contra actos que não são inadmissíveis nos dias de hoje.
Uma merecida homenagem.
Beijinhos
:)

Toninho disse...

Ah, como queria que elas tivessem a visibilidade que tanto sonhamos e lutamos. Um mundo sem grilhões e com direito de voz.
Um grito pela liberdade, contra toda intolerância Graça.
Uma dura realidade que corta o coração.
Que o mundo possa acordar e pedir desculpas pelo silencio ensurdecedor.
Beijo amiga.

Olinda Melo disse...


Querida Graça

Poema oportuno, com uma verdade que nos
tempos que correm não se pode aceitar.
Há franjas sociais, no mundo actual, que não
acompanham a abertura de ideias e o
reconhecimento de que todos, homens e mulheres,
temos os mesmos direitos.
Pela foto e pelo contexto sabemos bem quem
são essas mulheres, silenciadas e quase
manietadas.
Bela a sua escrita, querida Graça.
Gostei muito de ler esta sua intervenção.
Beijos
Olinda

Duarte disse...

Essa é a incónita! Oxalá se consiga e que não tarde muito. Mentes desordenadas, estancadas no tempo e invadidas por sentimentos que não são gerais.
Um poema que é um grito de liberdade desejado.
Abraço de vida, querida amiga.

Licínia Quitério disse...

Pungente. A poesia em grito, voz de quem não tem voz. Grande abraço, querida Graça.