Náufrago de um poema adiado,
dei à costa na curva de uma concha
onde me exilei.
A sombra de Teseu foi a cama
sobre a qual perdi a inocência das palavras,
com a boca possessa de barcos transparentes.
Há itinerários marítimos nos meus dedos,
insinuando viagens da memória,
à altura de todos os fascinios.
Labirinto abissal e sinuoso do pensamento.
Graça Pires
dei à costa na curva de uma concha
onde me exilei.
A sombra de Teseu foi a cama
sobre a qual perdi a inocência das palavras,
com a boca possessa de barcos transparentes.
Há itinerários marítimos nos meus dedos,
insinuando viagens da memória,
à altura de todos os fascinios.
Labirinto abissal e sinuoso do pensamento.
Graça Pires
De Labirintos, 1997
3 comentários:
olá graça, boa tarde. agradeço o seu comentário. palavras muito grandes para mim as suas... eu sou pequenina... bem haja! beijinhos.
Olá Alice.A sua expressão escrita é extremamente original. Todos temos a nossa própria voz...Visito com frequência o seu espaço, para ler o que escreve e o que escrevem os seus "convidados". Bem haja também. Beijos.
aonde, algumas vezes, a poesia me encontra
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