21.11.16

Subversão

Francesca Woodman

Cortei todos os dedos no claustro 
das liturgias iniciáticas mais severas. 
As minhas mãos são agora as estremas 
da planura do vento de novembro.

Graça Pires
De Caderno de significados, 2013

47 comentários:

Laura Ferreira disse...

e que belas ficam as tuas mãos com a imagem escolhida, Graça.

Ana Paula disse...

De uma intensidade aguda e tão bela.
Beijo!

Bell disse...

Uma maravilhosa semana pra você!!

bjokas =)

José Manuel Vilhena disse...

e voam, esses sulcos-fronteiras...
:)

Blog da Gigi disse...

Abençoada semana! Beijos

Marisa disse...

Intense poem. Good one.
Have a great week ahead! :)
Xo

São disse...

Linda...é mesmo "estremas" , como liberdade poética, em vez de "extremas"?

Roubei.

Beijinho de boa semana

Pedro Luso de Carvalho disse...

Excelente este seu poema, Graça.
Congratulo-me contigo pela criação
singular deste teu cantar.
Abraços.
Pedro.

Cidália Ferreira disse...

Sublime!
Beijos

Benó disse...

E o vento de Novembro prepara-nos para o frio de Dezembro. Uma boa semana, amiga Graça-

Mirtes Stolze. disse...

Boa noite Graça.
Amei o seu belo poema, bem intenso, a imagem belissima. Uma linda semana amiga, que sejam dias felizes. Enorme abraço.

Majo Dutra disse...

Que pena tenho das tuas mãos!
Está um vento mais desagradável!
Não gosto de liturgias iniciáticas...
Porém, gosto dos teus poemas.
~~~ Beijinhos ~~~~~~~

solfirmino disse...

Amiga querida, faz tempo que não venho aqui. Vim agora e li os últimos, não vou comentar em todos, mas notei que o tema recorrente é o vento. Eu mesma já escrevi muito sobre esse ser misterioso, como este haicai: "manhã de setembro / artemísia-verdadeira / o vento passou"; ou este: "o vento assovia / os navios no horizonte / parecem fantasmas"
Mas vamos ao que interessa, vim mesmo é te desejar um Feliz Aniversário. Desejo tudo o que há de mais espetacular na sua vida.
Um beijo

Isa Sá disse...

A passar por cá para desejar uma ótima semana.

Isabel Sá
Brilhos da Moda

Marta Vinhais disse...

E nas mãos temos escrito o destino....Que voa com a alma....sublime...
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta

LuísM Castanheira disse...

faz-me lembrar as rigorosas e inumanas práticas dos treinos, nos cursos de comandos (sem subversão).
nem os claustros protegem os ventos da submissão.
as liturgias da nossa incompreensão...
difícil esta "iniciação" ao poema, minha Amiga...

obrigado pelo seu comentário, com o qual concordo por inteiro.

um beijo, Graça, e um semana de inteira harmonia.

Agostinho disse...

A libertação deriva da superação
sacrificial do eu.
E cresce à medida das mãos limpas
- os dedos cortados - de escolhos.

A luminosa alma que habita os seus claustros merece um beijo afetuoso, Poeta, Graça Pires.

Nal Pontes disse...

Forte palavras que sao jogadas pelo vento. Uma boa tarde amiga. Bjs

Graça Alves disse...

Lindo!
beijinho

Cadinho RoCo disse...

Cortante.
Cadinho RoCo

Mariazita disse...

Misterioso, enigmático...mas muito belo.
E não fora a liberdade que aos Poetas é concedida, poderia ser, ainda, um pouco assustador.
Mas continuaria a ser belo...
Obrigada, Graça, pela partilha.

Votos de uma semana muito feliz.
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS

Arroz Di Leite disse...

Palavras para serem compreendidas. Lindo!!

Bjs

Tânia Camargo

teresa p. disse...

Uma "subversão" intensa e sofrida, para alcançar liberdade e paz interior. Um belo e profundo poema.
Beijo.

manuela barroso disse...

Quantas vezes no hermetismo do poema , a beleza está na sua música, acordando a alma!
Belo beijinho Graça !

baili disse...

an inner evolution .
a terror to find a peace .
last step to wards me.

powerful expression and well matched photo

Teresa Durães disse...

As mãos em liberdade dão-nos o movimento. Um beijo

Teresa Durães disse...

Parece que houve um aniversário. Muitos parabéns

Lucinalva disse...

Olá Graça
Desejo uma bela tarde, bjs querida.

Mar Arável disse...

Vozes ao alto

Bj

Suzete Brainer disse...

O poema e a imagem (belíssima e perfeita para o poema...)
expressam um canto por uma liberdade escolhida,
conquistada e inscrita neste seu excelente poema, Graça.

Uma semana na respiração da poesia e liberdade interior, poeta.
Beijo.

manuela baptista disse...

porque não há limites para o vento de novembro

e muito sangraram os dedos, decerto


um abraço, Graça

CÉU disse...

Olá, querida Graça!

Um poema e uma imagem k mexem connosco.
Espero k se sinta mto livre, fora do "convento" ou do "colégio de freiras" e que não se sinta fria como o vento de Novembro, k diz ser plano. Pois, qdo está mto frio, quase não há vento (que interpretação dou eu às "coisas")!.

Estive lendo alguns poemas seus e acredito k em todos ponha mto amor.

Beijinhos e boa semana.

ManuelFL disse...

Subversão como caminho para a libertação. Subverter é alargar o campo do possível, abarcar com as mãos a «planura do vento de novembro».
Imagem e poema iluminam-se mutuamente.
Beijo, Graça.



Jaime Portela disse...

Para não subverter o sentido do poema, pese embora a liberdade do leitor na sua interpretação (fiz a minha), digo apenas que é excelente. Os meus aplausos.
Bom fim de semana, querida amiga Graça.
Beijo.

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

curto e forte, e que as mãos saibam agarrar até o vento de Novembro
a imagem excelente para o poema.
gostei bastante
beijinhos
:)

A Nossa Travessa disse...

Querida Gracitamiga

Que mais te posso dizer mulher que és Poesia? Grato, muito grato. Só.

A VELHA E O CÃO
Uma pausa na Saga da Alzira porque acabo de publicar um post diferente – sem ironia, sem galhofa, a atirar para o drama. Por isso, gostaria dos comentários naturalmente também diferentes. Muito obrigado. Como habitualmente a publicação é anunciada blogue a blogue; e o pedido de divulgação, também se agradece.
Qjs e/ou abçs Henrique, o Leãozão

Tais Luso de Carvalho disse...

É sempre um sentimento de vitória quando conseguimos tirar as amarras e nos ver livres...
Beijo, querida Graça. Belo poema.

Odete Ferreira disse...

O título não podia estar mais adequado: esta forma de dizer é, de facto, subversiva, além de que, só com a ousadia do corte, é que há oportunidade para novos vôos.
Excelente?
BJ, Graça ☺

Silenciosamente ouvindo... disse...

Como é bom conseguir tirar as amarras...

Gostei imenso amiga.

Bjs. e bom fim de semana.

Irene Alves

Gabriel disse...

"abrindo um caderno antigo
foi que eu descobri
antigamente eu era eterno"

Sinto saudade da minha inspiração de outrora. Como escreves bem, vejo-me em muitos versos.

Teresa Almeida disse...

Mãos que marcam, que cortam, que explanam o pensamento quando ele não tem amarras.

Beijo, Graça.

Ailime disse...

Boa noite Graça,
Magnífico, sublime poema!
Quando nos libertamos das amarras que nos tolhem, as palavras soltam-se e a poesia acontece lisa e transparente como só a minha Amiga e enorme Poeta o sabe fazer tão bem.
Beijinhos e bom domingo.
Ailime

cantinhovirtualdarita disse...

Olá td bem por aqui, vim deixar um abraço e
convidar vc para um sorteio de Natal no meu
Blog espero sua visita ....

Abraços com carinho!

└──●► *Rita!!

Teté M. Jorge disse...

Intensas palavras com imagem apropriada e forte!
Um beijo e boa semana

Sinval Santos da Silveira disse...

Oi amiga, Graça Pires,
boa noite !
Que ritualística iniciática, querida !
No campo das emoções contrariadas, é
possível, sim.
Parabéns pelo texto, deixando-me
pensativo...
Aceita o meu carinhoso abraço, aqui do
Brasil.
Sinval.

Ana Freire disse...

E a poesia cortando amarras... emergindo e descobrindo novos caminhos...
Mais um trabalho notável, Graça, que adorei apreciar!
De uma profundidade incrível... em apenas 4 linhas...
Beijinhos!
Ana

vida entre margens disse...

Um poema forte, e ao mesmo tempo sublime...
Filosófico na profundidade das palavras.


Soberbo Graça. Deixo beijinhos...