24.11.25

É sempre a sede

 

Silena Lambertini


Deciframos o orvalho
no sequioso fôlego
de quem aguarda
à boca do inverno
um líquido sopro.
É a sede.
É sempre esta sede sem fim
a demandar a nascente perfeita
onde as águas se bebem
demoradamente.


Graça Pires
De Talvez haja amoras maduras à entrada da noite, 2015, p. 41

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