INDOLOR
Quando eu tiver
As mãos doridas
De tanto escrever
Invento uma forma
Indolor
E escrevo
Na parte de dentro
Das folhas
Onde não magoa
O poema
E onde as mãos doridas
Poderão
Descansar
Sobre a luz
In: Marcas ou Memórias do Vento. Lisboa: Apenas Livros, 2009
32 comentários:
Lindo este poema da nossa querida Paula.Parabéns pela escolha e pela visita ao meu espaço..Ando tão preguiçosa, este frio faz-me ficar a ronronar como os gatos, e mais não tenho lareira..Beijinho, Ell
Belíssimo!
Que lindo....As mãos que escrevem, afagam e tanto dizem...
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta
uma escolha muito boa!
a Paula escreve muito bem!
deixo um beij
obrigado pela visita
e simpatia.
que belo estar aqui .
beijo poético
Que poema delicioso! Lindo, a valer, amiguinha admirável.
Que poetiza de sonho.
Bem-Haja, pela maravilhosa e perfeita sensibilidade para confeccionar versos fabulosos.
Adorei.
Beijinhos amigos pelo seu encanto.
MUITO OBRIGADO pela simpatia deixada no meu blogue.
Sempre a respeitá-la cada vez mais.
Com admiração
pena
É uma Extraordinária Poetiza brilhante e sensível!
Belo poema de Paula Barroso. Gostei!
Beijinho
Belo poema, Graça.
Beijo
Lindíssimo!
Bj.
Lindo o poema da Paula, que tão bem conheço, ela ficará bem feliz ao ver este poema no teu espaço.
Obrigada pela partilha...
Jinhos muitos de carinho
ou na alma onde tudo aquilo que se sente se escreve sem dor.
Obrigada, Graça, por me poder ler (mais uma vez) aqui.
Motivos familiares não me permitem, neste momento, visitar assiduamente, os amigos.
Muitos beijos.
Para Ellen: sou Paula Raposo, não Barroso!!
Graça,
tomo a liberdade de lhe dizer aqui publicamente (fi-lo por e-mail, como resposta a um comentário seu e retornou) que, dos espaços que visitei em 2009, a Ortografia do Olhar, tocou-me profundamente. Encontro no que escreve um profundo lirismo e, na postura que revela, além da escrita, uma alma grandiosa e generosa. A provar o que intuí de si, estimada Graça, são estes poemas "em seara alheia".
...
Sobre a obra de Maria Paula Raposo, que leio há anos, e de que tenho alguns livros, declaradamente fã. A poeta Maria Paula, num registo minimalista-intimista, canta o amor de forma sábia.
Dela mesma, as palavras:
"também não compareço/porque talvez tenha ido ver o mar".
in Nevou este Verão, pg.18
ou
"hoje refaço a calma/e realojo o amor/no lado certo da vida"
in Golpe de Asa, pg. 16
Belíssimos textos, sem margem a dúvida. Justo, portanto, aqui o destaque.
A ambas, saudações com estima e admiração,
Votos de excelente 2010
*__bonecadetrapos__*
Olá Graça!
Poesia à seria...beijinhos de amizade.
Eis um belo poema da Paula!!!
Beijos para as duas!
AL
é também no interior das palavras que vive a dor que vai amarrando os pulsos...
_______
é lindo Graça e confesso desconhecer a Paula.
um beijo grande para ti querida graça.
quando eu tiver
as mãos doridas de tanto escrever
enrolo-as em papel de seda
depois solto-as em barcos
e aviões
para que percorram sentidamente
os espaços das nossas memórias
...
à Paula pelas mãos que tem
e
à Graça pelo espaço onde cresce o trigo
um abraço
Manuela Baptista
Muito belo este poema!
Beijo.
E o fundamental é continuares a escrever... de uma forma linda e pura!
Lindo!
Beijinho de lua*.*
Quanto menos cores se empregam para pintar uma obra, mais harmoniosa e cromática ela fica!
Belo este poema!
Fique bem Graça
beijos
josé
Acredito que a Paula Raposo invente ...
Gostei de ler
Brisas doces para ti Graça****
Uma bela partilha.
Deixo um abraço a ambas e um Feliz 2010 igualmente de sucessos.
Obrigada por teres dado a conhecer.
Boa semana.
Lindo poema da Paula.
Obrigada pela partilha.
Um beijo Graça
Gosto muito do poema ...e...é curioso...não quer espreitar o ruinologias e uma coisa chamada escrever na água? Gostava muito quando por lá passava.
um beijinho
belíssimo este complemento directo estabelecido entre as duas
.
um beijo
O troar do trovão, esta incessante chuva
As estrelas choram todas as mágoas na terra
Onde param os Anjos, porque não nos acodem os Santos
O mal e o bem porfiam esta eterna guerra
As casas do sul ruiram todas
Tal como a esperança desesperada
Toquei no rosto de uma criança triste
Senti uma paz surgir do nada
Mágico beijo
Três palavras,um comentário:Curto,incisivo,gosto!
Talvez não sejam apenas as mãos a ficarem doridas...
o lugar de regresso é sempre a memória...
belo poema,
um beijo!
Um bom poema da Paula. Sempre atenta, Graça.
Beijos para as duas.
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