19.11.18

Tão verdes as mãos com que agarrávamos o tempo

Ana Pires Livramento

Os rituais da infância não nos deixam esquecer:
Era verde a sombra das árvores no pátio da escola.
Eram verdes os trigais pejados de papoilas.
Eram verdes os pássaros que traziam um prado
colado ao voo rasante, nas tardes de verão.
E os rios tão verdes. Tão verdes as águas.
Tão verdes os peixes. Tão verdes os barcos invisíveis.
Tão verdes as mãos com que agarrávamos o tempo.

Graça Pires
De Uma vara de medir o sol, 2018, p. 27


Esta semana, o livro já pode ser encomendado por quem o desejar, em qualquer livraria, ou na Editora Coisas de Ler. Serão substituídos os livros das pessoas que o adquiriram no lançamento. Peço desculpa pelo que aconteceu e espero que gostem dele.

59 comentários:

chica disse...

Poesia linda assim coimo a menininha na foto t]~~ao sugestiva e inspiradora! Adorei! Linda semana! beijos, chica

Roselia Bezerra disse...

Bom dia, querida amiga Graça!
Li um poema seu no blog da nossa querida amiga Ailime!
É tão suave e envolvente que me daria muito gosto de obter seu livro, como faço sendo daqui no Brasil, amiga?
Tenha dias venturosos e abençoados!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem

Cidália Ferreira disse...

Muito boa sorte! Amei o poema!!


Não me deixes sozinha... {Poetizando e Encantando}
Beijos e uma excelente semana!

Marta Vinhais disse...

Parece tudo tão fácil...Verde, a esperança no Mundo...
Lindo...
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta

Duarte disse...

Será todo um êxito.
Pela qualidade daquilo que leio.
Gosto do que escreves, e deste poema em particular.

É o botão duma Camelia que cuidei muito mas, mesmo assim, secou o que muito lamentei.
Obrigado, por estar sempre aí.
Abraços de vida

carlos perrotti disse...

A vida verde, soa verde... como todos os seus versos, Graça. É a missão do poeta pintar com sua cor e sem outra. Cada poeta é um pouco como aquele menino da escola de Prévert. Adorei.

Abraço imenso.

Larissa Santos disse...

Boa tarde. Mais um bonito poema. Adorei:))

Do nosso amigo Gil António, com: Infinito de Amor..

Bjos
Votos duma óptima Segunda- Feira

Ailime disse...

Boa tarde minha Amiga e Enorme Poeta,
Gosto tanto deste seu poema... que o coloquei ontem também no meu blogue, como a Graça, entretanto viu.
Na infância é tudo tão verde e o mundo ainda tão distante dos nossos olhares, dos nossos sentires, da nossa imaginação.
Belíssimo, minha Amiga.
Um beijinho grande e uma excelente semana.
Ailime

Ana Bailune disse...

Tudo era tão verde, tão fácil e tão bonito... caminhávamos sem preocupações.
Eu só tinha medo quando dormia, pois tinha muitos pesadelos...
Linda poesia!

Maria Eu disse...

Verdes, como nós...
Belo!

Beijo

Luis Eme disse...

Tão Prima Vera. :)

abraço Graça

A Nossa Travessa disse...

Minha querida Gracinhamiga II

Não tenho como explicar – uma ausência sem razão de ser 🤢– o desastre de não vir aqui há tanto tempo. E para me cobrir de vergonha, essa sim justificada, as tuas frequentes visitas acompanhadas de comentários mereciam outro tratamento que não tenho realizado.

Mas não pretendendo emular um honesto Egas longe de usar baraço no pescoço, aqui e agora venho prestar menagem🙏 à minha Poeta mais amada. Nem preciso de te pedir perdão porque sei que mo concedes…

Muitíssimos qjs💋💋💋💋💋 do teu muito amigo e admiradoríssimo
Henrique, o Leãozão 🦁

ManuelFL disse...

A infância é o paraíso perdido, a utopia prometida, um lugar mágico, onde eram «tão verdes as mãos com que agarrávamos o tempo».

Obrigado, Graça, por esta viagem a um tempo onde sempre voltamos. Um tempo muitas vezes inventado mas que é só nosso e nos consola.
Beijo

Marco Luijken disse...

Hello Graça,
Nice words of this book. A wonderful past of every human.
That must be nice to read.

Big hugs,
Marco

Cadinho RoCo disse...

Sucesso na carreira do livro.
Cadinho RoCo

São disse...

LINDO POEMA!!!!

Que o verde jamais nos abandone, Amiga.

Abraço apertado

Lua Azul disse...

Já tinha visto este poema num blog da Ailime e gostei muito.
O verde é emblemático e tão repousante.
Sucesso com o livro.
Está à venda na Bertrand?

Uma boa semana.

A Paixão da Isa disse...

mt bonito pois o verde é a cor da esperança e essa foto diz tudo bjs adorei

Isa Sá disse...

Saudades da infância.

Lucinalva disse...

Olá Graça
Linda postagem, a minha infância foi muito boa. Bjs querida.

Patrícia Pinna disse...

Boa tarde, Graça. Bela poesia onde o verde era intenso a crescer na esperança e leveza.
Hoje, a criança que carregamos dentro de nos tem de brigar com o adulto para nos alegrar e sensibilizar.
Amei a poesia, como sempre.
Tudo de bom. Beijos na alma.

Ulisses de Carvalho disse...

Belo poema, Graça, há sempre, pelo que vi até agora, uma profundidade que ao mesmo tempo soa leve e por vezes nostálgica nas tuas palavras, um olhar para dentro depois da percepção sobre as coisas de fora. Um beijo!

Franziska disse...

Era verde el candor con que se veía la vida y era verde porque aún era reciente y el calor no lo había convertido en amarillo. Me ha encantado el ritmo y el tono del poema. Un abrazo.

LuísM Castanheira disse...


Graça:

A memória da infância trás-nos este belíssimo Poema
cheio de pureza e inocência, como se os sonhos ainda 'verdes'
se expandissem por campos dos nossos dias.
Gostei muito (e da foto da Ana Pires Livramento)


Eram "Tão verdes as mãos..."
Tão verdes os doces anos…
Sem vãos ou desenganos
Que verdes pareciam sãos.

'Espreita' abaixo. Ha' uma inspiração latente:

https://poesiaaremar.blogspot.com/2018/11/sem-titulo.html


teresa p. disse...

E eram verdes e confiantes os olhos que observavam a vida nesse tempo mágico de encantamentos.
O poema é magnífico, e a imagem uma beleza.
Beijo.

Teresa Almeida disse...

Vou procurar "Uma vara de medir o sol". Sabes que o quero comigo porque são verdes as mãos que o escrevem.

Beijinhos, minha amiga Graça.

Teresa Durães disse...

Um poema lindíssimo!

José Ramón disse...

Un placer pasar por tu blog, Saludos

baili disse...

I can feel my tears are green by the touch of memories that brought your sublime poem back to me
outstanding!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Jaime Portela disse...

Tudo muda com a idade.
Ainda que se possa manter por muitos anos o tom esverdeado da juventude...
Brilhante, como sempre.
Graça, um bom fim de semana.
Beijo.

Existe Sempre Um Lugar disse...

Bom dia, belo poema, a infância é verde inocente, na vida adulta é verde de esperança.
Feliz fim de semana,
AG

Majo Dutra disse...

Adoro o verde da natureza e este poema que o canta
escrito por uns olhos verdes da poetisa que o admira.
Vou encomendar a vara que tem o condão de medir o sol
na INATEL...
Beijos, querida Amiga.
~~~

Reflexos Espelhando Espalhando Amig disse...

Graça,
Lendo seu lindo poema eu fiquei
pensando que ainda tenho em mim
a criança da infância.
Pois desde cedo tenho amor pela cor
verde e nem imaginava que é a cor da esperança
de sermos assim tão felizes sempre.
Achei lindo.
Ótimo fim de semana.
Bjins
CatiahoAlc. do Blog Espelhando

ANNA disse...

Queria Amiga muy bonito el poema
Gracias por tu visita
Besos
Feliz finde

Manuel Veiga disse...

"Verde que te quiero verde
verde viento verdes ramas
el barco sobre la mar
el caballo en la montaña.

Verde, que yo te quiero verde"
F.G. Lorca

de verde te quero ver - sempre, Graça!

beijo, minha amiga

Pedro Luso de Carvalho disse...


Olá, amiga Graça, imagino a tua alegria com mais essa obra poética editada. Desejo que
"UMA VARA DE MEDIR O SOL", tua mais recente criação, seja acolhida pelos leitores portugueses, como mereces, poeta de excelência que és.
Gostei muito do teu poema, inspirado na infância de um mundo verde dos trigais.
Parabéns e sucesso!
Um ótimo final de semana
Beijo
Pedro

Sinval Santos da Silveira disse...

Querida Mestra, Graça Pires !
É um grande sinal de sabedoria e bondade,
não se afastar da infância que se viveu.
Nem mesmo o tempo conseguiu apagar a cor
da felicidade, que viveste... Parabéns !
Um feliz final de semana e um afetuoso
abraço, aqui do Brasil !
Sinval.

Mirtes Stolze. disse...

Bom dia querida amiga Graça.
Minha poeta predileta. Sua sensibilidade é algo quê só os grandes poetas possuem. Lindo poema. Feliz fds. Abraços.

tulipa disse...


Boa tarde minha Amiga e Poeta,
Graça
começo por lhe dar os PARABÉNS
mais um Livro novo e sempre com muita qualidade.

Gosto tanto deste poema... faz-me regressar à minha infância!
Que já está tão distante, no tempo e também na Geografia
infelizmente.

VERDADE...Tão verdes as mãos com que agarrávamos o tempo.

Convido a ver o artigo que acabei de fazer
http://momentos-perfeitos.blogspot.com/

Também para VIAJAR é preciso gostar
e saber sentir a viagem...
neste cruzeiro, havia uma quantidade de pessoas
que iam de costas voltadas para a paisagem e outras dormindo sentadas
OH meu Deus... isso é inadmissível
Enfim...

Bom fim de semana,
beijinho da Tulipa

Anete disse...


Belo e verde poema!...
Criatividade e ternura nas palavras... Versos profundos e singulares...
Bj

Ana Freire disse...

Um poema maravilhoso, que nos remete para o verde esperança, da nossa juventude... nos tempos em que a vida, era por todos nós apercebida, em tons mais vibrantes...
Belíssimo trabalho, Graça!
E esta semana, iniciei as minhas compras de Natal, com um livro seu, para oferta... no caso... Fui quase todas as mulheres... :-)
Um beijinho grande! Feliz fim de semana!
Ana

ruma disse...

A inocência das crianças ecoa na mente das pessoas.

Obras brilhantes.
Obrigado pela sua visita sempre.

Desejo a todos o melhor.
Saudação e abraço.

Do Japão, ❃

Tais Luso de Carvalho disse...

Era verde a sombra das árvores no pátio da escola.
Eram verdes os trigais pejados de papoilas.


Que lindo te ler, amiga, dando um colorido verde nas tuas palavras, suavizando um pouco o tom mais neutro da vida...
Beijo, querida Graça, aplausos!

Olinda Melo disse...


Olá, Graça

Belo! Este poema leva-nos realmente a tempos em que tudo era da cor dos sonhos, da imaginação, do bem-querer. Ele afaga-nos o coração. Dá vontade mesmo de ir para a rua ver se ainda as coisas são tão fáceis e apetecíveis.

Essa sua vara de medir o sol e, já agora, o tempo, tem muito que se lhe diga. Estou a apaixonar-me por ele. Penso que não tarda nada irei à sua procura.

Bj

Olinda

Olinda Melo disse...


Olá, Graça

Cliquei na imagem mas não consegui aceder ao seu livro.

Bj

Olinda

Marli Terezinha Andrucho Boldori disse...

Bom dia, Graça
e com sua inspiração transformou as cores da natureza,
assim como o verde de nossos anos, nossa infância tinha o tom de verde,
o bom é sabermos que ainda podemos deixar verde tudo que encontramos pelo caminho,
que nossas emoções tenham cores vibrantes. Beijos!

Dan André disse...

Boa noite querida Graça. Parabéns por nos trazer o gosto da infância através de versos tão lindos. Amo a cor verde, que lembra meus tempos de garoto subindo nas árvores, e também de uma música do Caetano chamada "Verde". Que nossos dias sejam assim, um gramado lindo, e verde.

Abraços
Daniel
http://gagopoetico.blogspot.com/

manuela barroso disse...

Eis o extremo encanto da tua poesia.
Vamos caminhando na suposta simplicidade
até ficar boquiaberto com a tua filosofia, beleza, Arte.
Terno e grande abraço, querida Graça!

E claro que vou adquirir o livro

Zilani Célia disse...

OI GRAÇA!
SAUDADES DESTE TEMPO QUANDO TUDO ERA VERDE.
AINDA BEM QUE NADA NOS IMPEDE DE RESGAR A CRIANÇA QUE AINDA VIVE EM NÓS, SEJA ATRAVÉS DA COR OU DAS LEMBRANÇAS.
PARABÉNS PELO LIVRO NOVO.
ABRÇS
https://zilanicelia.blogspot.com/

Humberto Maranduva disse...

Olá, Graça!

Como é verde a lembrança com que fazemos repassar as memórias gratificantes do passado...
Mas é precisamente essa saudosa esperança de continuarmos a ser quem somos, de forma íntegra, maturadamente emocional e flexível, que só é possível, porque se alicerça na construção continuada do tempo que fomos e que desemboca na segurança da nossa afirmação presente.
Um beijo e parabéns pelo novo livro que comprarei ainda esta semana.

lis disse...

Achei tão linda poesia Graça
Amo esse seu talento com as palavras_como me encanta!
E a infância tem que ser louvada porque é a mais bela passagem pela terra.
Beijos e Parabéns amiga

teresa dias disse...

O tempo da minha infância era verde e belo.
Agora, é cinzento escuro, quase negro, e feio.
Reencontro o verde nos versos da poeta.
Belo poema, querida amiga.
Beijo.

Agostinho disse...

A Poeta vem despertar-nos
tempos guardados no coração,
despentear memórias
que queríamos varrer ou
que queríamos na palma
da mão. Tão verdes!
Emoções que eram
(tão verdes que éramos)
a vibração de toda a casa
na espera do tempo pleno
que fosse fruto e esperança.
Em tudo víamos verde...

Grato pelo usufruto da sua Poesia, cara Amiga. O livrinho estará já a caminho.
Bj.

manuela baptista disse...

a memória é um lápis verde-mar

um ritual sagrado da criança que nunca deixaremos de ser

beijinhos, Graça

Maria Rodrigues disse...

Parecia que tínhamos todo o tempo do mundo.
Um poema sublime!
Beijinhos
Maria
Divagar Sobre Tudo um Pouco

Suzete Brainer disse...

Querida poeta,

Emocionante o contato com este teu poema,
a evocar este tempo da inocência dos rituais
da infância, nestas descobertas com a luminosidade
do olhar da criança-aprendiz e inscrito agora na
luminosidade da tua expressividade poética tão
única, Graça!...

Um beijo

Lourdinha Vilela disse...

Amo o cheiro dos verdes, dos matinhos entre as pedras exalando cheiro de pimentão verde, que
também me remetem ao passado.
Um belo poema, sensível como a doce morada da infância. Parabéns

Fá menor disse...

Lindíssimo! Na verdura das coisas e dos momentos tudo é fresco e verdadeiro.
Muitos parabéns!
Beijinhos.

Quase Cinderela disse...

Excerto maravilhoso
Não há tempo mais puro e belo como o da infância
Vou procurar o livro
Muito sucesso!
Beijinho