8.1.24

Em seara alheia


Signos do deserto

O deserto diz
com simplicidade
a luz
o ângulo
de cada grão
de arreia

Abre a mão límpida
sobre a página branca

O deserto grita
ao nomear-se
pelo próprio vazio

Alexandre Bonafim
In: O anjo entre o deserto e o não. São Paulo: Terra Redonda. 2022, p. 21

38 comentários:

chica disse...

Sensacional poesia! Gostei muito de ler!
Ótima semana, beijos, chica

Jaime Portela disse...

Um belo poema.
Gostei de ler, obrigado pela partilha.
Boa semana, querida amiga Graça.
Um beijo.

Roselia Bezerra disse...

Bom dia de Paz, querida amiga Graça!
Deserto, lugar de secura, silêncio e oração...
Ele, por si só, grita por tão grande falta de sonoridade.
Um grito que ecoa no mundo atual tal conturbado e inseguro.
Tenha uma nova semana abençoada!
Beijinhos carinhosos e fraternos.

Marta Vinhais disse...

Apesar de tudo, há Vida...há Luz...
Bom Ano 2024...
Beijos e abraços
Marta

Marco Luijken disse...

Hello Graça,
Nice words about the desert.
A wonderful place to enjoy. Nice to read this small story.

Many greetings,
Marco

Rogério V. Pereira disse...

A tal grito
até os oasis se arrepiam
e murmuram
a dor desse vazio

Beijo de amizade

Maria João Brito de Sousa disse...

Muito belo, este deserto sem oásis já que se nomeia pelo próprio vazio.

Gostei de conhecer este pedacinho da poética de Alexandre Bonafim.

Um beijo!

Fá menor disse...

Que no vazio do deserto se encontre sempre algum oásis.
Beijinhos, amiga Graça!
Boa semana!

Ailime disse...

Boa tarde Graça,
Um poema sucinto, mas que diz tanto sobre o deserto, os desertos e são tantos!
Muito obrigada por partilhar este tão belo poema e divulgar o seu autor.
Beijinhos minha Amiga e Enorme Poeta.
Tenha uma excelente semana.
Ailime

bea disse...

O poema diz tão bem o que é o deserto. Gostei. Atalhando por seara alheia, a Graça faz mais belo o caminho.
Boa semana, Graça:)

Luiz Gomes disse...

Boa tarde e um excelente segunda-feira minha querida amiga Graça. Obrigado pela maravilhosa poesia.

Mário Margaride disse...

Belíssimo poema, amiga Graça. Onde os desertos que há nós, estão bem patentes nestas belas palavras. Gostei muito.

Votos de uma feliz semana, com tudo de bom.
Beijinhos, com carinho e amizade.

Mário Margaride

http://poesiaaquiesta.blogspot.com

lis disse...

O poeta diz com simplicidade
como escrever na página branca
os nosso desertos.
Bonita escolha ,Graça
Na primeira semana do ano
que lhe seja feliz.
Abraço

brancas nuvens negras disse...

Um bom poema, simples mas muito visual.
Um abraço.

Pedro Luso de Carvalho disse...

Um belo poema que você me deu a conhecer, amiga
Graça, muito obrigado pela partilha.
Um feliz 2024 pra você e sua família, com paz,
saúde e felicidade.
Um beijo, amiga!

carlos perrotti disse...

El poema todo, por supuesto, pero los últimos versos serán imposibles del olvidar... Magníficos!!

Abrazo grande, Graça Poeta. Muy feliz año con mucha paz, salud y bienestar

J.P. Alexander disse...

Profundo y melancólico poema. Te conmueve. Te mando un beso.

Lucinalva disse...

Bom dia, Graça
Um bonito poema, um forte abraço.

Klaudia Zuberska disse...

Beautiful poem! As always, you delight us with your work, a very inspiring post! All the best to you and your loved ones!

São disse...

Boa escolha !


Beijinho, minha Amiga, feliz 2024 :)

A.S. disse...

Sim! O deserto grita.
É árida a palavra... e o sonho breve!

Que tenhas uma boa semana Amiga Graça, com muita saúde.
Um beijo.

Olinda Melo disse...


Pois. É essa simplicidade que espanta.
Porque há vida escondida fervilhante.
Mas guarda-a para ele e só a mostra
em noites frias...e artefactos e fósseis,
e ventos. Por isso, a sua escrita tem
muito que se lhe diga.

Muito obrigada, querida Graça, por mais
este poema da sua "Seara Alheia".

Parabéns ao autor.

Beijinhos
Olinda

A Paixão da Isa disse...

mais um lindo poema que adorei ler bjs feliz semana e um 2024 com muita saude

alberto bertow marabello disse...

È pieno di vuoto il deserto, di silenzi gridati, un po' come la vita a volte.
Un beijo, amica Poetisa.
Buona settimana

Cidália Ferreira disse...

Poema fabuloso!!
.
Não me sinto perdida no tempo...
Beijos e uma excelente semana...

manuela barroso disse...

Na imensidão do deserto , tanto pensamento à solta! Belíssimo poema
, querida Graça.
Terno abraço

Laura. M disse...

Inmenso grito del desierto. Melancolía en tus palabras.
Buena semana Graça.
Un abrazo.

José Ramón disse...

Admirable poesía. Feliz semana Saludos

Morgan C. Nascimento disse...

Oi, boa noite, Graça!
Bonito compartilhamento!
Feliz ano, muita saúde, muita luz!
Tem novidade na página, livro novo prestes a sair, quando puderes apareça!
Terno abraço

Maria Rodrigues disse...

Excelente escolha, um poema lindo de um poeta que não conhecia.
Obrigado pela partilha
Beijinhos

Mário Margaride disse...

Olá, amiga Graça, passando por aqui, relendo este belo poema que muito gostei, e desejar um bom fim de semana, com muita saúde e paz.
Beijinhos, com carinho e amizade.

Mário Margaride

http://poesiaaquiesta.blogspot.com

Luís Palma Gomes disse...

Estou em crer que o Deserto será o local ideal para sermos encontrados por Deus e pelo Diabo. Logo, se queremos ajustar-nos, temos que desertar. Gostei do poema. A própria forma lembra um deserto: dá-nos a ler apenas o essencial. Beijinhos, Graça

Mor Düşler Kitaplığı disse...

What a nice poem. Thanks for sharing.
Have a good weekend :)

baili disse...

Desert ,you have defined the barrenness and the theme of desert awesomely dear Grace !!!

i have found desert one of most intriguing things in the world ,it's appeal is powerful with it's utterly loud silence and inviting lap .
your way to describe it is brief but beyond beautiful !
hats off to you once again!
happy new year ,health peace and joy to you and to all you love!
hugs

Betonicou disse...

Querida Graça, Este poema de Alexandre Bonafim, é uma bela peça de poesia que evoca imagens fortes e oferece uma reflexão profunda sobre a natureza e a existência. Gostei imenso! Beijos.

Carlos Augusto Pereyra Martínez disse...

El desierto sólo puede hablarnos de su bellas y sus dun+as, así nos acerce a la sed sed rotunda. Saludos. carlos

Ana Freire disse...

Que maravilha! Um autor que não conhecia... mas a que prestarei atenção, futuramente!
Grata por mais uma partilha de excelência, Graça!
Um beijinho! Bom final de domingo! Aqui, recuperando as forças e o ânimo, com uns suplementos vitamínicos a ajudar... creio nem me lembrar de alguma vez, ter tido gripe, como esta última...
Ana

Luís Palma Gomes disse...

Gosto muito de desertos. Nunca estive em nenhum físico, por enquanto, apenas frequentei os espirituais. Todos os homens santos tiveram o seu deserto antes da revelação: Jesus, Buda, Confúcio e muitos mais. Este poema capta bem tanto na forma como no estilo a escassez do deserto. Esse silêncio necessário para ouvir Deus, para combinarmos uma agenda, um plano com ele.

Beijinhos,