DÁ-ME DE BEBER...
Dá-me de beber em tuas mãos
uma nesga do céu
sem coares as nuvens que passam.
Morde (se quiseres)
a romã entre a rosa e o amanhã.
Prisioneira de um mito
liberta-me (se quiseres)
na próxima primavera:
puxa-me as verdes tranças
arrebata-me do trono e de seu rei obscuro.
Leva-me (se quiseres) em teus braços
para onde fores e seremos primavera.
As primícias serão tuas:
as mais belas campânulas
tilintando ouro ao sol
prata sob a lua.
O que dizer do que seremos
se mudamos a cada gesto?
Dança pura.
Dá-me de beber em tuas mãos
uma nesga de céu
sem coares as nuvens que passam.
Dora Ferreira da Silva
In: Cartografia do Imaginário. São Paulo, T. A. Queiroz, 2003
Dá-me de beber em tuas mãos
uma nesga do céu
sem coares as nuvens que passam.
Morde (se quiseres)
a romã entre a rosa e o amanhã.
Prisioneira de um mito
liberta-me (se quiseres)
na próxima primavera:
puxa-me as verdes tranças
arrebata-me do trono e de seu rei obscuro.
Leva-me (se quiseres) em teus braços
para onde fores e seremos primavera.
As primícias serão tuas:
as mais belas campânulas
tilintando ouro ao sol
prata sob a lua.
O que dizer do que seremos
se mudamos a cada gesto?
Dança pura.
Dá-me de beber em tuas mãos
uma nesga de céu
sem coares as nuvens que passam.
Dora Ferreira da Silva
In: Cartografia do Imaginário. São Paulo, T. A. Queiroz, 2003
17 comentários:
e o que dizer do que seremos se aqui não lermos?
boa noite, graça. um beijo*
Dá-me de beber em tuas mãos
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Fazer concha com a mão, e beber. Necessidade a quanto obrigas. Lá diz o ditado; 'Nunca digas, desta água não beberei'.
fica bem.
Felicidades.
Manuel
Simpática Amiga:
Um versejar lindo. Surpreende pela entrega. Pela busca de alguém que lhe é precioso.
As palavras sinceras arrebatam pela veracidade e autenticidade do sentimento puro. Terno. Admirável.
Enfim, conquista e encanta.
Parabéns sinceros.
A comunicação poética é perfeita e expressa em linhas escritas de ouro.
Com amizade e estima.
O sempre presente aqui
pena
Olá
Não conhecia o teu blogue, vim só dar uma espreitadela...
Venho beber a nata desse leite.
Não devo coar o que alimenta.
Permito-me a poesia.
Abraços,
JEN
Gracinha, que beleza de Poema Amiga, que beleza!Obrigada por me (nos) dares a conhecer o Poema e a Autora; desconhecia ambos.
Muitos parabéns e beijos da
Maria Mamede
Um bonito poema!...
Abraços!
Ainda encalhada no regresso foi bom voltar aqui e ler este poema e especialmente os dois anteriores. Um beijo.
Beber a vida, sempre!
Abraço-te.
(se quiseres) podes beber, morder e provar de todo o ser que és saciando todas as vontades que desejas...
Muito giro o texto ;) aprecio bastante ler-te!
Bjo :)
Um bonito poema. Gostei imenso. E fala em romãs...beijos.
Um belíssimo poema.
Gostei muito.
Beijinhos
'Em seara alheia' é possível também matar um pouco da sede da alma.
Grande abraço.
gostei do poema. musical...
Um poema lindíssimo, cheio de metáforas que dariam uma bela pintura.
Bom fim de semana!
Beijinhosssss
muito bonito e encantatório.
Olá gostei muito de aqui vir.
Linda poesia
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