22.11.09

Nada sei

Claude Simon
Nada sei da sedução da morte nos olhos
dos pássaros atingidos pelo trilho dos incêndios
no interior das searas.
Não sei que nome dar ao momento
exacto em que a luz pode ferir
a obscuridade da lua nova
dispersando as aves nocturnas.
Ignoro quais as palavras propícias
à vertigem das nuvens, em novembro,
quando as águas dos temporais
alagam os meus olhos.



Graça Pires
De O silêncio: lugar habitado, 2009


Agradeço, sensibilizada, a todas as amigas e amigos que estiveram na apresentação do meu livro e a todos os que desejaram estar e não puderam. Bem hajam!

51 comentários:

Parapeito disse...

:)) Eu é que agradeço o final de tarde tão doce e cheio de sentires...
Adorei...momento que vou guardar num cantinho da alma.
E hoje mais do que nunca que o seu dia seja cheio de brisas mansas e doces...daquelas que "engordam" a alma.
Muitos parabéns**

Belo este "Nada sei"...ainda o consigo "escutar" na voz da Maria Augusta....
Um abraço***

Unknown disse...

Querida Graça!


Gostaria muito de ter estado no lançamento do seu livro, sei que sabe!

"não sei que nome dar ao momento"


Adorei o poema, um grande beijinho e obrigada

hfm disse...

Na impossibilidade de lá ter estado estou aqui lendo sempre atenta e comovida estas palavras/poemas. Um beijo agradecido.

Anónimo disse...

fico contente que a apresentação do seu novo livro tenha corrido bem, graça. ontem pensei em si*

(gostei muitíssimo deste poema).

um beijo grande

Paula Raposo disse...

Estive presente em pensamento. Tu sabes.
Este poema é belo (repito-me).
Muitos parabéns pelo livro e pelo dia de hoje.
Beijinhos.

maré disse...

ignoro a vertigem do tempo ferido na memória das searas.
sei do brilho dos incêndios, nocturno, a confundir a lucidez dos pássaros.

_______

um beijo, ternuríssimo querida Graça. um abraço Maior e ___ PARABÊNS!

Úrsula Avner disse...

Oi Graça, lindo poema... Imagino que o livro todo deve ser uma preciosidade literária. Bj com carinho e sucesso nas vendas.

Regina Graça disse...

Parabéns pelo livro e obrigada pela partilha deste poema...

bjs

JOSÉ RIBEIRO MARTO disse...

Tive muita pena , Graça , soube pelo porosidade, ainda anotei , mas as minhas possibilidades de estar presente eram remotas ...
O livro vou procurá-lo ... Até sempre , Poeta!
Abraço
__________ JRMARTO

Fred Matos disse...

Parabéns pelo livro, Graça, ao qual desejo sucesso.
Belo poema.
Boa semana.
Beijos

Amélia disse...

Também eu gostaria de tere stado presente. sei que o seu livro deve ser a recomendar- por este poema, pelo menos.Abraçop

Pena disse...

Linda Amiga Poetiza Brilhante:
Também nada sei, só sei que encantam os seus deliciosos versos. De fascínio e maravilha. Doçura.
Registo:
"...Não sei que nome dar ao momento
exacto em que a luz pode ferir
a obscuridade da lua nova
dispersando as aves nocturnas...."

Perfeito. Excelente!
Beijinhos de parabéns sinceros.
Sempre a admirá-la

pena

Argos disse...

Graça

Este poema...sem palavras para comentar. É só senti-lo numa tarde trsitonha de Novembro.

Obrigado por escrever na nossa alma.

Um grande abraço

Licínia Quitério disse...

Não estive lá, mas estou sempre presente a ler-te. Como neste poema alagado de luz.

Um abraço, Graça.

Mar Arável disse...

Estive lá

na festa das águas

Venham mais cinco

tb disse...

bela a forma que apenas almas iluminadas conseguem dizer um agradecimento.
Gostei muito do poema e os meus parabéns pelo livro. Que outros se lhe venham juntar!
Um abraço

Maria Quintans disse...

bom dia Graça, eu tenho uma revista para ti. envia-me o teu email para combinarmos.

grande abraço!

Benó disse...

"Só sei que sei que nada sei" mas também sei que gosto de aqui vir.
Um abraço, Graça

Laura Ferreira disse...

Muitas felicidades e muitas palavras!

Fernando Campanella disse...

"...Ignoro quais as palavras propícias
à vertigem das nuvens, em novembro,
quando as águas dos temporais
alagam os meus olhos."

As palavras são aproximações, os livros são tentativas, e buscas. Maiores são sempre as emoções, fugidios instantes que deixam sinestesias em nossa memória.

Lindo o final de teu poema, algo que traduz o que sinto também, e como!

Fico feliz por ter vc aqui de volta. Torço para que teu livro tenha acolhida de grande poeta que és. Bjinhos.

A Magia da Noite disse...

às vezes nada sabemos daquilo que sentimos, no entanto percebemos tudo o que nos é trazido pelos caminhos.

Sandro Rozzo disse...

Saudades de Tuas palavras...

Desconhecido Alfacinha disse...

Caríssima Senhora,

Recebi a sua atenção, autografada, pela mão do meu distinto colega.

Queira-me perdoar por não ter podido estar presente.

É que eu não me perdoo!
:-)

Reconhecido pela sua atenção.

Melhores cumprimentos,

LM,paris disse...

Chère amie,
première chose à lisbonne,
trouver votre livre.
Està distribuido na Bulhosa,
Fnac ...ou é mais intimo?
Diga-me Graça, quero um, absolutamente, quero andar consigo, ligeira e profundamente bela.
Mil bjos, parabéns!
Li estes aqui, que lindos Graça, tocam-me tanto!!!
Paris, com vento. Noite segura.
LM

partilha de silêncios disse...

Graça
Lamento não ter estado presente no lançamento do seu livro, mas uma gripe não sei de que letra A,B,...C, não me permitiu esse prazer.
Mas logo que me seja possível procurarei o seu livro e desejo-lhe o maior sucesso.

bjs

Anónimo disse...

Não saber isso é suficiente para poder ser capaz de escrever um poema carregado de sensibilidade, sabedoria e emoção.

Saudações

Virgínia do Carmo disse...

Este poema é muito lindo - como acredito que seja todo o livro!

Parabéns e muito sucesso!

Isabel disse...

"habito-me"___________daqui.





.


silenciosamente.

.


imf




(obrigada )

José Ángel García Caballero disse...

gostei muito do poema, graça. Parabens, de novo, apetece-me muito lê-lo, esta semana vou fazer uma encomenda de livros a Lisboa,

beijos

São disse...

Infelizmente , não me foi mesmo possível acompanhar-te fisicamente, mas - podes crer - estive contigo em pensamento.

Espero que tudo tenha corrido muitissimo bem.

Um abraço.

lobices disse...

...vim deixar a minha pégada no seio das suas palavras
...arfei na leitura das sílabas compassadas
...por respeito ergui o meu pescoço e uivei sereno

teresa p. disse...

"Nada sei" acrescentar, porque o poema tem as palavras certas, profundas e belas...
O livro é excelente, parabéns!
Beijo.

Luis Eme disse...

sabes tanto, quando dizes «nada sei».

o silêncio é mesmo um lugar habitado.

abraço Graça

Manuel Veiga disse...

desejei muito estar presente. mas não foi possível. "inscrevo-me" desde já para o próximo livro.

crepitante poema! belíssimo

beijo

Ricardo Silva Reis disse...

Olá
Não estou em Portugal e por isso não pude estar presente, como desejaria.
Entretanto faço questão de ter um dos teus livros, assinado e com dedicatória. Diz-me como posso fazer e para onde devo enviar o dinheiro e como.
Muito obrigado e beijinhos de parabens
Ricardo

terrasonora@portugalmail.pt disse...

A ed. Pluma Branca tem o prazer de anunciar o lançamento para o mês de Dezembro, o lançamento de um livro que promete revolucionar...

www.terrasonora-nunoviana.blogspot.com

Maria Clarinda disse...

E a tal de gripe..não me deixou tar presente! Mas, estive como te disse em pensamento e...claro que o quero adquirir.
Jhs muitos

Anónimo disse...

Acabei por não poder estar lá, como queria.
O que tenho de fazer para adquirir o seu livro, já escutado e amado?
Se a Trama tiver, vou lá buscar.
Um abraço.

Unknown disse...

É um lindo poema que já li no seu livro. E vou postar um outro seu, amanhã. Com muito prazer. Beijito

O Profeta disse...

Lembrarás tu que as manhãs
Acordam da tua luz fugidia
És esperança de perdida estrela
Quem recolhe a dor em Deus confia

Assombração que o luar esqueceu
Nas margens de um lago azul
Hoje passou a voar por mim
A última garça a caminho do sul

Era alva como a espuma do mar
Graciosa como mulher feliz
Voava de encontro ao vento
Com olhar brilhante de petiz


Boa semana



Doce beijo

Gabriela Rocha Martins disse...

de minha parte que ora chego à sua POESIA ,apenas ,o desejo de que as palavras soltas ao vento se tornem um "muito sei" da arte de bem "navegar" à bolina.........

sucesso ao livro .parabéns à Autora


.
um beijo

manuela baptista disse...

Não estive

nesse lugar habitado

mas sinto
a vertigem das nuvens
ainda
em Novembro

e agradeço as palavras

um beijo

Manuela Baptista

Anónimo disse...

Boa tarde,

já tenho o Silêncio, Lugar Habitado. Curioso pedir o livro a Ricardo da Trama e ele esticar-me o livro ainda não ter acabado a frase. Aquela Livraria é única.
Este livro é uma pérola. Parabéns, Graça Pires por esta obra.

Abraço.

Gabriela Rocha Martins disse...

pois é ,Graça ,também eu não sei como pudemos ,de facto ,andar em mundos paralelos ... aconteceu ... todavia o que lá vai ,lá vai .registam.se novas datas

mas ,por favor ,não agradeça o que lhe é merecido por direito

a partir de hoje ,serei mais uma a entrar e sem horas para sair......


.
um beijo

~*Rebeca*~ disse...

O nosso blog está concorrendo a esse prêmio:

''Parabéns!!! Seu blog está concorrendo ao The Best GB 2009. São 10 blogs participantes. Destes, os 3 blogs com maior quantidade de votos, serão premiados com o Troféu The Best GB 2009. A votação encontra-se na página principal da Gazeta dos Blogueiros e se encerra em 1 semana. Faça a sua campanha! Boa sorte!

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Já que estamos concorrendo a esse prêmio, gostaríamos muito da sua participação votando na gente. Sempre é um prazer fazer parte de qualquer tipo de interação onde o prêmio é o reconhecimento daquilo que fazemos com amor.



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http://www.gazetadosblogueiros.com/


-

Lucília Benvinda disse...

Conheci a sua poesia no Eduardo Aleixo e já pirateei... Espero não levar a mal.

Lindo poema, este do 'Nada sei'.

Prazer em conhecê-la.
Lucília

Nilson Barcelli disse...

Mais um soberbo poema, querida amiga.
Muito suceso para o teu "silêncio: lugar habitado".
Bom fim de semana, beijos.

Maria Clarinda disse...

E mais uma vez aqui vim...amanheci lendo-te e foi bom! Jhs
Não te esqueças que quero um livro...lol

Marcelo Novaes disse...

Graça,



A procura mesma das palavras (in)exatas engendra imagens mais-que-suficientes.





Beijos,







Marcelo.

avlisjota disse...

Ignoro o emergir que repassa
voluptuoso, nas incandescentes
e compulsivas lamúrias.
Do tempo!...

Beijos Graça

José

Béa Pedrosa disse...

As águas de novembro andam inundadando meus olhos, ora por saudade, ora por vontade.
Mas as mesmas águas lavam meu coração para que o novo tome conta dessa imensidão,que aparece diante dos meus olhos, do meu coração.

beijinhos