25.2.10

Tiro a máscara

Rudolph Tegner

À queima-roupa, tiro a máscara
com que me desfiguro e transfiguro.
Desenho na cara o mirante
donde se avista a via-sacra das quimeras.
Transmuto o medo
e projecto na alma um pássaro solto,
volúvel e imprevisível como um rio.
Construo, no meu peito, o vaso baptismal
onde a minha orfandade se redime.


Graça Pires
De Labirintos, 1997

45 comentários:

Paula Raposo disse...

Belíssimo poema, Graça!
Beijos.

Lou Vilela disse...

"Transmuto o medo e projecto na alma um pássaro solto, volúvel e imprevisível como um rio."

Uma belezura!

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

transmuto o medo...

um poema que me deixa sem palavras.

muito belo!

beij

NUMEROLOGIA E PROSPERIDADE disse...

Que maravilha de poesia.
Bravo !
FOI DESSE JEITO QUE EU OUVI DIZER... deseja um bom dia para você.
Saudações Florestais !

Pena disse...

Linda Amiga:
Que "coisa" mais linda e pura escreveu.
É genial. Sem palavras mais. Bastam a beleza e doçura para expressar tanto encanto e ternura.
Beijinhos amigos.
No maior respeito,estima e admiração.

pena

Excelente.
Bem-Haja, enorme poetiza amiga!

~*Rebeca*~ disse...

E suas palavras ficaram lindas sem máscaras... que maravilha, poetisa linda.

Beijo imenso, Graça querida.

Rebeca


-

José Manuel Vilhena disse...

...lá venho eu tomar o meu "bálsamo"...e faz tanto efeito lê-la!
um beijinho

ps-espero que a imagem tenha chegado.Não confio lá muito nos pombos correios modernos...

segredo disse...

E essa mascara retirada mostra todo o belo escondido!
Beijinho de lua*.*

Úrsula Avner disse...

Olá querida Graça,

versos intensos e belos como é peculiar em sua escrita poética.

Um abraço com carinho,

Úrsula

Luis Eme disse...

a vida é isso...

abraço Graça

manuela baptista disse...

tiro a máscara

coloco-a com tanto jeito
ao lado do pássaro
solto

volúvel sou
quando leio e releio este poema e giro e enrolo-me redimida

Muito bonito, Graça!

um beijo

Manuela

Marta Vinhais disse...

E fica a alma a sonhar...
Belo...
Beijos e abraços
Marta

Ana Oliveira disse...

Ser de novo mergulhada na água sagrada e nascer outra vez.

A beleza das palavras que nos atingem...

Um beijo

Ana

Benó disse...

Lindo. A nossa alma é, na realidade, um pássaro solto.
Um abraço, Graça.

Anónimo disse...

tão bonito, graça. li os outros comentários e realmente não tenho mais a acrescentar... é lindo!*

Tétis disse...

Amiga Graça

Lindíssimo este poema com que hoje nos brindas.

É um encanto visitar-te e ler-te.

Beijinhos

Mara faturi disse...

"onde a minha orfandade se redime."
LINDO!!
A TUA POESIA ME REDIME;)
BJOS

Teresa Durães disse...

é bom tirar a máscara, sentimo-nos mais como pessoas. Claro que ficamos vulneráveis

A Magia da Noite disse...

a libertação é o desmascarar da alma.

avlisjota disse...

Transformar o caminho deformado das fantasias, numa catarse redentora.

Olá Graça, é bom ir ao museu assim como, incutir esse hábito ás nossas crianças.

Beijo

São disse...

A máscara...será que alguma vez a tiramos mesmo?

Um bom fim de semana.

Licínia Quitério disse...

Um poema quase sangrando, não fora a redenção. Gosto muito de um poema assim.

Beijinho.

ESCONSOLADO disse...

Obrigado pela visita. Suas asas são esperança de liberdade.
beijos

Adriana Riess Karnal disse...

tirar a máscara e soltar o pássaro...depois se redmir....muito belo poema, com metáforas surpreendentes para explicar tua liberdade de expressão...

José Ángel García Caballero disse...

caem as máscaras e todos os silêncios guardados eclodem...
Muito belo poema,
beijos

Unknown disse...

É um poema belíssimo, evocativo da nudez e do regresso às
águas purificadoras onde se banham as ânsias mais íntimas. Um beijinho.

JOSÉ RIBEIRO MARTO disse...

... despreender a alma , ... Tão forte, tão ...
Um abraço, amiga
_______ JRMARTO

teresa p. disse...

"projecto na alma um pássaro solto,
volúvel e imprevisível como um rio."
Imagem profundamente bela e libertadora!
Beijo.

João Videira Santos disse...

Leio e...gosto. Parabéns!

helia disse...

Um lindo Poema! Espreitei o seu blog pela 1ªvez e gostei muito.

Manuel Veiga disse...

poema em carne viva. na sua via sacra de quimeras...

belíssimo

beijo

tb disse...

Belo. como tudo o que conheço que sai dessa alma e pena.
beijinho

poemarte disse...

todos nós tiramos ou colocamos a máscara mediante as situações


todavia ,também eu tiro a máscara rendida a este magnífico poema




.
um beijo

maré disse...

desenho o sentido em que oriento as mãos para reter a água que me entretenha a sede.
depois procuro no horizonte um lugar perto do sol: um lugar de espelhos onde espantar o medo.


_______

tão belo, querida Graça.
e eu que venho da escuridão, não tenho palavras para ele.
tenho um beijo enorme e um carinho desmedido

Unknown disse...

tenho uma rosa e um cravo na língua

com que teço os filamentos do verbo

e reclamo o mistério da fala



Belo esse tirar de máscara Graça,

Um beijo grande para si

dade amorim disse...

Um momento abençoado, Graça.
Um poema cheio de luz e recomeço.

Beijo

cristinasiqueira disse...

Precioso poema.
Denso e leve!

Postei Gratidão no www.cristinasiqueira.blogspot.com
Vc está lá nas entrelinhas.

Muito obrigada,

Cris

PreDatado disse...

Gostei! Muito bonito.

partilha de silêncios disse...

Intenso e vulnerável, como a vida sem máscara.

Obrigada.

bjs

© Maria Manuel disse...

ser pássaro em busca de quimeras...
belo, Graça!

beijinho.

diabinho disse...

É fantástico soltar-mo-nos e sermos nós mesmos...

beijokas endiabradas

Braulio Pereira disse...

este poema me tocou fundo

é lindo.


abraço!!

Elizabeth F. de Oliveira disse...

Quisera poder desenhar em meus olhos a via-sacra das quimeras para transmutar o medo que se abate sobre a minha alma.
Beijos,
Lindo Poema!

Isabel disse...

e vim. orfã que estava daqui. onde me recupero.


sempre.


o meu abraço. grato.






imf

Maria Clarinda disse...

Lindo, Graça. Carinhos