2.11.14

Declínio

Jim Wehtje


Achego o corpo à terra 
para antever a cor dos lírios 
na hora derradeira. 
É o momento de aparar as arestas 
na engrenagem do declínio. 
Falta-me nas mãos a haste 
que enviesa a sombra 
até que a treva se cumpra.

Graça Pires
De Caderno de significados, 2013

44 comentários:

Agostinho disse...

Uma poesia tão significante...
no dia de todos nós,pedras roladas.

Bom domingo, Graça.

Vinicius disse...

Boa tarde.Muito bela a sua poesia.
Lindas as fotografias que colocastes.
Parabéns...
Um ótimo domingo.
Abraço.

Ailime disse...

Boa tarde Graça, um poema muito belo!
Uma haste gravada para sempre nas memórias do coração!
Foto lindíssima!
Um beijinho,
Ailime

Anónimo disse...

Muito intenso, Graça, que belo!
Beijo.

Marta Vinhais disse...

Que dizer?
Sobre os ciclos da vida....
A fotografia é uma beleza....
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta

Mar Arável disse...

Na complexidade do simples

na sua escrita há sempre
uma luz que desponta

Bj

AC disse...

A morte, na sua inevitabilidade, é o derradeiro dos inimigos. Mas é olhando-a, olhos nos olhos, que reside a dignidade duma vida.
(É tão bom lê-la, Graça)

Um beijo :)

São disse...

Linda a foto, lindo o poema!

Declínio...nem pensar!

abraço grande :)

Manuel Veiga disse...

... e em fundo uma Oratória de Bach!

beijo, Graça

Gaby Lirie disse...

Aquela mão que sempre nos falta.
Um belo poema!

Beijos.

Evanir disse...

Sua amizade sempre foi muito importante para mim
sem duvidas acredito ter lutado muito nesses anos
embora poucos estavam comigo a quase dez anos atrás.
Hoje estou passando para deixar um
pouco do perfume que ficou no frasco.
Embora tenha capacidade de entendimento,
que passado é perfume de primaveras mortas.
Agradeço por tua amizade tão especial,
e por me fazer sentir que ainda sou
alguém com quem você se importa.
Deus te abençoe ..sempre..
Um abraço grande ,
e especial.
Com muito carinho.
Evanir.
Tenha uma linda ,
e abençoada semana..
Eu amo vir a seu blog gosto imenso.
Em 14 de Julho 2013..
Hoje posso chamar de ano dourado..
Estou matando saudades!!

Ives disse...

Olá poeta! Sei do encanto sua poesia, que esta acima da minha humilde capacidade de entende-la, mas é nas entrelinhas que paira o meu coração! abraços

Shirley Brunelli disse...

São sempre belíssimos os seus poemas.
Graça, beijo!

Rita Freitas disse...

Muito profundo este declínio mas que não se cumpra a treva.
Belo como sempre.

beijinhos e uma boa semana

Lídia Borges disse...

Melancolias de tempo descendente.

Logo será primavera, de novo.

Um beijo

ana p disse...

Muito bonito....

Às margens de mim. disse...

Estou sempre passando por aqui. Adoro ler todas asuas publicações. Que a vida nos ensinem a amar cada vez mais, cada vez mais... hoje e sempre!...

lis disse...

Tem leituras que passam por muitas emoções_uma delas é refletir sobre 'declínios' que irão se cumprir,
_sempre estive apreciando poemas seus,nem sempre deixando palavras.
Hoje venho falar da admiração por suas obras.
abraço

Gyzelle Góes disse...

Muito sensível, de arrepiar

LuísM Castanheira disse...




"...Falta-me nas mãos a haste que enviesa a sombra..."

a luz do poema, preso às mãos, oculta a sombra dos lírios.

Belo como a vida



Suzana Martins disse...

Lindo versar! Sensível aos olhos...

Beijos querida Graça!!!

Sinval Santos da Silveira disse...

Oi, amiga Graça Pires !
Tão sugestivo, o teu poema é, que
me permitiu enxergar a sombra do
lírio...
Parabéns, e um carinhoso abraço,
aqui do Brasil.
Sinval.;

Andrea Liette disse...

A poesia que se cumpre em suas palavras antevê a cor dos lírios!

Um beijo.

teresa p. disse...

Profundo e intenso este olhar poético sobre o declínio.
A fotografia é lindíssima e muito adequada ao tema.
Beijo

Teté M. Jorge disse...

Intensamente suave... beijo.

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

a sensibilidade na ponta dos dedos...

:)

Fê blue bird disse...

Uma foto e um poema magníficos.
O nosso destino, não há como fugir .

beijinho

Mariazita disse...

Só uma alma sensível pode aflorar temas como o "declínio" com a suavidade com que o fazes...
Magnífico!

Beijinhos
Mariazita

A imagem é lindíssima!

Zilani Célia disse...

OI GRAÇA!
DIVINO!
A HORA DERRADEIRA POETADA AQUI, DE FORMA MAGNÍFICA.
ABRÇS



http://zilanicelia.blogspot.com.br/

Graça Sampaio disse...

Forte de mais! Mas muito bem talhado. Breve, completo, profundo.

Muito bom!

Odete Ferreira disse...

Reli, tal o encanto destes versos, evocando a inevitabilidade do fim, de forma tão bela e original.

(Conheço o local- já lá estive em lançamento de livros; é muito perto daqui. Só se tiver um compromisso inadiável é que não estarei presente. Avisa lá no meu espaço com alguma antecedência para eu agendar. Por vezes estou fora em eventos.)
Bjo, Graça Pires :)

Pérola disse...

Um aconchego inevitável, uma poesia em alta, sem declinios.

Beijinhos e bom fim de semana.

José María Souza Costa disse...


Olá, Graça
Bom tudo para nós.
O que trazemos na memória, da velha infância ?
Também, não sei.
Portanto estou cá, para desejar um dia agradável, refletindo que, a maior obra do Criador, é você.
Um abraço.

ManuelFL disse...

A mim faltam as palavras para comentar este poema, de uma beleza ao mesmo tempo irradiante e contida, como que celebrando a hora derradeira antes de a treva se cumprir.
A fotografia é espantosa.

Patrícia Pinna disse...

Boa tarde, Graça.
Belíssimo poema de extremo conteúdo.
Tens tudo, demonstrou aqui, é só perceber que nada te falta.
Aparar as arestas é sempre muito importante em qualquer hora, ainda que não seja a derradeira.
Tenha um fim de semana de paz.
Beijos na alma.

Unknown disse...

Boa noite, Graça.
O inevitável e impiedoso fim.
Parece impossível tanta certeza num único facto. E quanto mais vives, mais te apressas até ele.
Não agrada. Mas também não pede agrados.
bjo amgo e bom fds

vieira calado disse...

Olá, amiga!
Sabe bem ler um bom poema!
Saudações poéticas!

Humberto Maranduva disse...

Na nudez da distância que o verso tange insinua-se a proximidade do fim que se veste de poema; a dissimulação da alma se revela na essencialidade da mensagem transmitida - "até que a treva se cumpra."

Beijinhos, Graça Pires.

author casulo-online disse...

Às vezes declínios trazem significados, são deles que levantamos as raízes do que nos mantém em pé. Acho eu.

Cris

helia disse...

LINDAS A POESIA E AS FOTOS

Unknown disse...

Belíssimo o poema e a imagem deste teu livro que é um mimo poetico

Daniel C.da Silva disse...

Gostei particularmente da segunda parte que complementa um todo belíssimo.

Parapeito disse...

poema belo aconchega a alma.
brisas doces ***

Rosário disse...

Hoje deixo aqui um registo da minha passagem. Neste poema, porque me tocou de forma especial. E poruqe tinha de escolher um :)
Belíssimos poemas. É bom passar por cá.

U
Beijinho enorme

Rosário