24.11.25

É sempre a sede

 

Silena Lambertini


Deciframos o orvalho
no sequioso fôlego
de quem aguarda
à boca do inverno
um líquido sopro.
É a sede.
É sempre esta sede sem fim
a demandar a nascente perfeita
onde as águas se bebem
demoradamente.


Graça Pires
De Talvez haja amoras maduras à entrada da noite, 2015, p. 41

3 comentários:

Jaime Portela disse...

E foi pela sede (do saber, por exemplo) que a humanidade evoluiu.
Excelente poema, gostei imenso.
Boa semana.
Um beijo.

chica disse...

Linda tela e poesia...
E a sede nos faz sempre encontrar ás águas...
beijos, linda semana,chica

Isa Sá disse...

Mais um bonito poema. Boa semana!
Isabel Sá
Brilhos da Moda