Alex Jawdokimov
A quem anunciarei a súbita clareira,
onde a lua do meio-dia
anula a morte das aves nocturnas?
Há uma cilada de palavras a envolver a volúpia,
no vértice de um sexo quase puro.
A vigília do poema acende-se numa linguagem única
e a forma adejante das letras traça ficções de solidão
nas minhas veias, por onde circulam ódios e paixões.
Qualquer eternidade me aguarda,
porque ouço a nitidez do tempo retocando o meu olhar.
Graça Pires
A quem anunciarei a súbita clareira,
onde a lua do meio-dia
anula a morte das aves nocturnas?
Há uma cilada de palavras a envolver a volúpia,
no vértice de um sexo quase puro.
A vigília do poema acende-se numa linguagem única
e a forma adejante das letras traça ficções de solidão
nas minhas veias, por onde circulam ódios e paixões.
Qualquer eternidade me aguarda,
porque ouço a nitidez do tempo retocando o meu olhar.
Graça Pires
De Conjugar afectos, 1997
10 comentários:
O tempo, dizem, é sempre bom conselheiro...
vigilância de gumes.
acertada.
tempo nítido. nunca nulo.
boa noite.
_______________.
"Qualquer eternidade me aguarda,
porque ouço a nitidez do tempo retocando o meu olhar"
O Tempo... que me resta do tempo, que já não tenho, para me dar ao tempo onde permaneço?
Lindo o teu poema...
Grata pelas suas palavras...
"Qualquer eternidade me aguarda,
porque ouço a nitidez do tempo retocando o meu olhar."
Chega a doer tal a sua poética.
belíssimo poema!
Vim ler-te... e deixar-te um beijo de saudades!
Como tens constatado, gosto muito de poesia.E gosto muito dos teus poemas.Muitas vezes passo por aqui, leio e saio em silêncio.
Prometo voltar mais vezes.
Beijinhos
Gostei muito deste cantinho... Tem charme!
Abraço do FM
gostei muito deste poema.
O tempo. Nem sempre, digo eu. Um abraço Luis.
"Tempo nítido. nunca nulo. Gostei Isabel, obrigada e um beijo.
Menina, tenho tempo para agradecer a visita. Um beijo.
Helena, volta sempre.
Maria obrigada pela visita.
A.S. Não vou perguntar porquê. Mas fazes falta. O teu espaço. A tua poesia. Um abraço.
Sophiamar, nunca me passou pela cabeça que não gostasses de poesia. Basta visitar o teu blog. Volta sempre mesmo que leias e saias em silêncio. Um beijo.
Obrigada Fernando Pinto pela visita e pelas palavras.
af, obrigada por gostares do poema.
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