D'Ângelo
Recorta-se um agosto lento
na mutação da página em branco
onde conjugo o verbo amar.
A inquietude enrosca-se no texto
e contamina as frases sem nexo.
Redijo os contornos de um abraço.
Soletro um nome.
Um vento morno rasga, na minha boca,
um alfabeto alegórico com que revelo o futuro.
Graça Pires
De Conjugar afectos, 1997
Recorta-se um agosto lento
na mutação da página em branco
onde conjugo o verbo amar.
A inquietude enrosca-se no texto
e contamina as frases sem nexo.
Redijo os contornos de um abraço.
Soletro um nome.
Um vento morno rasga, na minha boca,
um alfabeto alegórico com que revelo o futuro.
Graça Pires
De Conjugar afectos, 1997
45 comentários:
E ama-se calmamente...
Lindo...
Obrigada pela visita..
Beijos e abraços
Marta
suave, a lembrar o fim de agosto, e um nome que soletramos devagar.
uma foto cheia de beleza.
beij
Admirável Poetiza Amiga:
"...Redijo os contornos de um abraço.
Soletro um nome.
Um vento morno rasga, na minha boca,
um alfabeto alegórico com que revelo o futuro..."
Simplesmente, Maravilhoso. De encantar.
Beijinhos. SEMPRE!
pena
Uma foto e algumas palavras. Assim se pode captar um fragmento de infinito.
abraço
Nuvens negras a anunciar o futuro?
Dizem que sim.
Vamos a ver se não!
Bjs
Gosto especialmente do suave toque da redação de um abraço.
São quatro palavras que por vezes substituem um poema de quatro estrofes.
Cumprimentos
a cálida "inquietude" do amor...
belíssimo.
beijo
Muito lento este agosto...gostei imenso do teu poema. Beijos.
Muito bonito este Agosto...tem um gosto de fim de verão...onde dançam as brisas mansas
Dias cheios de brisas frescas****
Um Agosto lento...mas determinado em chegar ao fim.Que os seus efeitos perdurem na poesia...para eu os reconhecer ao lê-la.
um beijinho
Graça...
Solenes vamos ao oongo dos versos
num caminho de Agosto!
Viajamos muitas vezes no centro daquilo que somos, num único verso, muitas vezes!
Abraços
Belíssimo, Graça! Sua poesia me prende e encanta!
Beijos
Lindo,Graça! Tudo faz sentido neste abraço. Belíssima ilustração.
Grande beijo.
E$ assim também Agosto está a terminar...
Lindo!
Carinhos
Ficou a pairar sobre mim, o vento morno.
Delicioso Graça
Um beijo
Agosto revela-se ao gosto de cada um. E o poema faz agosto ter um gosto de poesia.
beijo no coração
"Redijo os contornos de um abraço..."
Suave e belo como o fim do verão!
A foto é uma beleza.
Beijo.
e no rosto deste agosto escrevo a pálpebra de um pássaro.
uma brisa fresca à boca da água enrosca-me a nudez de um nome como se fora o amplexo de um abraço.
______
eu deixo o carinho desmedido num beijo. e outro ainda deixado pela Isabel
calma é a varanda da noite.
Oi, Graça!
O verbo amar, em agosto, mês que aqui no Brasil chamamos de "desgosto" ou " a-gosto de Deus", se conjuga com mais paixão e poesia em teu lindo poema cheio de uma inquietante e perturbadora voz.
Beijos!
Taninha
vim "a.gostar.me" aqui. mesmo dentro do silêncio que é só ausência formal.
beijo.
(imf)
O calor e os seus espectros. Sempre na exacta medida, os teus Poemas.
Beijo, Graça.
As brisas mornas e crepusculares
do Verão, revelam-se num Agosto lento...
e o amor tem nome...
muito lindo!... o muito que se diz no pouco que se escreve!
beijos e obrigado pla visitas.
José
Rediges o contorno de um abraço e também mais um poema muito bom, Graça.
Fica bem.
A inquietude enrosca-se no texto, e das frases sem nexo constrói a poesia.
Estou aqui de volta, minha querida amiga,soletrando teu belo enigma. Bjos.
Ah, e muito importante, linda a foto do D'Angelo. Bjos.
E k esse futuro seja o k desejares!
Beijinho de lua*.*
Aqui,
"Soletro um nome"
Lindo poema!
Um beijo Graça
Por que será que eu gosto sempre tanto das suas imagens?
Essa sua poesia faz jus a poetisa cheia de intensidade que você é.
Noite de luz, menina linda.
Rebeca
-
para refletir sempre.
bjs.
verão e o amor sempre à porta. espero que não se dissolva na areia
e na lentidão de agosto, o lugar ao amor, ao poema;
a «inquietação» que preside à palavra no rosto deste belo poema.
beijo grande, Graça!
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belo final, os alfabetos sempre são oráculos de alegorias...
beijos
É sempre bom
revisitar-te
por acaso há acasos
e, por acaso, vim de férias
e este foi, ao acaso, o primeiro lugar onde vim.
maravilhoso acaso que me deixou maravilhado.
amanhã vou correr lisboa à procura.
deste e dos outros...
ps - nem todas as manhãs "acordo com o desejo de ser feliz" mas sou.
obrigado
Alfabeto alegórico que as palavras revelam.
bj
Chris
Doce Poetiza Amiga:
O seu poema, fascina, delícia e encanta porque é soberbo de deslumbre.
Perfeito. Adorei passar aqui pela "transcendência" bela sentida do seu gigantesco sentir poético lindo.
Excelente. Fabuloso instante de dimensão em versos admiráveis.
Bem-Haja e tudo de bom.
Sempre a admirá-la
Abraço amigo...
pena
Fantástica...
Eu não sei usar as palavras como a Dona Graça, mas lá que o Agosto tem sido ventoso, lá isso...
Caríssima Poeta, roubei-lhe dois poemas.
Espero que me perdoe.
Com consideração
José da Silva Martins
Soube-me bem aqui voltar. Pareçe que ainda sinto o perfume das férias.
(A)Gosto deste poema de afectos mornos em palavras inflamadas pelo sentir quieto.
E o silêncio do nome soletrado.
"Um vento morno rasga, na minha boca,
um alfabeto alegórico com que revelo o futuro".
Belíssimo poema, Graça. Você conjuga o verbo amar lindamente em Agosto. Seu livro "Conjugar afectos" é muito especial. Parabéns!
Com tempo, há uma escrita no "Maria Clara: simplesmente poesia" que não lhe é estranha...
Um beijo,
H.F.
sensual
mente
corpo//verão
.
um beijo
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