26.10.14

Fome

Gordon Parks

Voraz é a fome que, em fúria, 
devora os cardos onde o som do trigo 
afunda o grito da escassez 
que em volta da boca é ferida e dor.

Graça Pires
De Caderno de significados, 2013

55 comentários:

Shirley Brunelli disse...

Amei! Seus poemas tem conteúdo.
Graça, beijos!

Marta Vinhais disse...

A dor escondida no olhar...
Profundo...
Obrigada pela visita
Beijos e abraços
Marta

Cadinho RoCo disse...

A fome desafia a vida.
Cadinho RoCo

jorge vicente disse...

Muito forte e intenso! Belíssimo poema, minha amiga!

Abraços
Jorge

namastibet disse...

tenho fome de escrever e cheirar uma publicação minha

Ailime disse...

Boa tarde Graça, um poema belo e intenso, tal como a realidade que retrata!
Um beijinho e bom domingo.
Ailime

Teresa Poças disse...

Sofrido, mas concretizado!
Já não escrevia há muito tempo e mais uma vez encorajou-me para escrever. Não imagina o quanto lhe agradeço.
Beijos Graça

Maria Rodrigues disse...

Uma dor tão bem transmitida nas palavras deste brilhante poema.
Beijinhos
Maria

Mar Arável disse...

A realidade sangra

Bj amigo

Anónimo disse...

Graça Pires

Esta quadra. É Poesia
Para se dizer a verdade, com Verdadeiro Sentimento
Nnão se precisa de muitas Palavras.

Am

Luis Eme disse...

sim. :(

abraço Graça

manuela baptista disse...

não sei acrescentar mais nada a este grito


um abraço, Graça

fernando disse...


Am


Tem razão, quando diz para se dizer a Verdade, não se precisa de muitas palavras.
Quadra concisa, forte e pungente. Baseada numa Realidade. A Fome!

Jc

Graça Sampaio disse...

Forte e atual - infelizmente!
Mas com a beleza que lhe vem da escolha certa das palavras.

Beijinho, Poeta!

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

acho que nem sei comentar!

forte e real (há tanta fome escondida)!

:(

Menina Marota disse...

Mais palavras para quê?

Com tão poucas se constrói um drama imenso.

Um grande abraço

Ives disse...

Nunca passei por ela, talvez por isso não saiba como é, mas em poesia, sinto resvalar essa dor! abraços

manuela barroso disse...

Voracidade na imagem a beleza matemática das palavras
Beijinho meu!

teresa p. disse...

"Fome"! uma dura realidade de que a todos deveria envergonhar.
Um poema imenso, em poucas palavras.
A foto é, também, fabulosa.
Beijo

Suzana Martins disse...

Que lindo!!!
Forte e atual!!
A sua sensibilidade rasga o papel!!

Beijos e linda semana

Silenciosamente ouvindo... disse...

Só posso dizer que é uma verdade que
deveria fazer com que todos reflectissem
muito mais do que o fazem.
Um alerta que a amiga fez e muito
bem.
Bj.
Irene Alves

São disse...

Parabéns, amiga, mais uma vez consegues dizer em poucas palavras tanta coisa...

Abraço fraterno.

Nilson Barcelli disse...

A fome tudo devora...
Belas palavras, apesar do negrume do tema.
A foto, assenta que nem uma luva para o teu poema.
Boa semana, querida amiga Graça.
Um beijo.

Benó disse...

Fome!
De amor. De paz. De saber. De alimentos.
Há tanta fome no mundo.
Um abraço.

LuísM Castanheira disse...


Belo, profundo,
doloroso e intenso.

(...e mil palavras numa imagem)

Com um Abraço

Sinval Santos da Silveira disse...

Oi, Graça Pires !
Somente uma Poetisa, da tua estatura,
para unir o horror ao belo.
Parabéns, querida amiga!
Um carinhoso abraço, aqui do Brasil.
Sinval.

ManuelFL disse...

O poema é ferida, grito, dor, fúria. O desamparo dos condenados da terra. A fotografia é forte, solidária, terna.
Perante a fragilidade e a força insubmissa da condição humana, que o poema e a fotografia revelam e expressam com tanta beleza, resta-nos ficar em silêncio, com o coração descompassado, cheio de esperança. E revolta.

Alfredo Rangel disse...

Graça, tua sensibilidade fala tão alto e cala em nosso peito. Nada pode ser mais humano que o respeito à vida. Principalmente às vidas de quem têm menos. Parabéns e um grande beijo.

Aníbal Duarte Raposo disse...

Intenso e real.
Beijo.

Evanir disse...

Venho te deixar um grande abraço bem
apertado com imenso amor ,
aquele amor que só existe numa grande amizade.
Eu me sinto feliz por poder contar
com seu carinho .
Na minha vida receber você no meu blog
é meu melhor presente.
Desejo você uma semana abençoada.
Beijos no coração..
Evanir..
Amiga é triste sabermos quanta fome
se passa no mundo.

Rita Freitas disse...

Grande sensibilidade e dor.

bjs e uma boa semana

jorge esteves disse...

Uma imagem perfeita nos ditongos negros sobre os acépticos brancos; a palavra emoldura o grito que se adivinha.
Abraço!

Fê blue bird disse...

Uma foto impressionante, uma realidade cruel demais.

Um poema que é um grito!

beijinho solidário

Agostinho disse...

Lapidar este poema.

Quem tem fome cardos come,
diz o povo a sofrer,
mas que há de ele comer
quando até o cardo some?

Beijo de amizade

Lídia Borges disse...


Um tema tristemente atual que nos faz engolir a secura de um tempo impiedoso.

Beijo meu

Gyzelle Góes disse...

E fome de amor, todos nós temos.

Manuel Veiga disse...

a preto e branco - teu poema.

sem lugares intermédios...

beijo

Teresa Durães disse...

Um poema violento. Que gostei bastante.

DE-PROPOSITO disse...

Voraz é a fome que, em fúria,
------------
Um tema tenebroso!...
E a fome mata.
E a fome por incrível que pareça dá mais poder, ao poder.
--------
Felicidades
MANUEL

Evanir disse...

Tudo que desejo é que o sol brilhe em sua vida
todas as manhãs.
Que somente coisas abençoadoras
seja encontradas pelo caminho
onde você passar.
Bem sei nem tudo acontece segundo
nossas vontades ser feliz é a meta de todos
nós.
Nem sempre devemos aceitar tudo,
que surge nessa caminhada.
A luta faz parte da vida
cabe a nós semear boas sementes em nosso
jardim mesmo entre as pedras,
nascera flores perfumadas de esperança.
Nessa mensagem desejo um feliz final de
semana.
Na postagem deixei um pouquinho
daquilo que esta sendo escrito com
cuidado e carinho.
Meu próximo livro.
Um abençoado final de semana .
Beijos e meu carinho.
Evanir.

anamar disse...

Muito triste, mas infelizmente atual.

Beijinho

author casulo-online disse...

São tantos tipos de fomes... todas desafiam-nos, e muito!

Bonito como os demais textos que publica.

Eu vou dar um tempo do meu blog, mas não deixarei de te visitar.

Um beijo!

Cris

Pérola disse...

Uma significação forte e tão certeira.

Beijinhos

Andrea Liette disse...

Graça,

É tão intenso e impactante que não consigo definir o assombro que me aflige!
Penso que há muita coragem em um poeta que se oferece à experiência dessa tradução!
Um abraço.

Existe Sempre Um Lugar disse...

Boa tarde, é intenso o que escreve, em poucas palavras define o desafio que a fome faz ao esfomeado e este à fome.
Cada vez mais, sabe-se que o desafio aumenta entre numero de esfomeados e a fome. tenho a certeza que o Amorim e outros Amorins ignoram a vida real.
AG

http://momentosagomes-ag.blogspot.pt/

José María Souza Costa disse...


Olá, Graça.
Não há dor maior, que a dor da fome.
Seja qual seja, o tipo de fome, inclusive de inclusão social
Bom fim de semana

Ana Tapadas disse...

As poucas palavras fazem o poema maior!

Bj

Zilani Célia disse...

OI GRAÇA!
TEU TEXTO É DE DOER O CORAÇÃO.
SEMPRE EM ALTA TUA SENSIBILIDADE E TALENTO.
ABRÇS

http://zilanicelia.blogspot.com.br/

Nilson Barcelli disse...

Voltei porque tenho fome...
Da tua poesia, claro.
Bom domingo e boa semana, querida amiga Graça.
Beijo.

Reflexo d'Alma Fase 2014 disse...

Bravissimo!
Linda mensagem.
Bjins
CatiahoAlc.

maria maria disse...

Compreensão: movimento do espírito na apreensão da verdade – a adequação, a propriedade são por consequência a naturalidade, a língua natural do mistério, coisa diversa não é possível. A luz age sobre a Babel. Ela (a luz) é pesada das misérias ocultas e das reveladas, todas escondidas, albergadas no seu coração como uma mãe encobre no seu os pecados dum filho, ela as carrega, e a ela semelhante ainda, vomita do seu seio as trevas e diz que são dela e as mostra, aponta, ilustra. Seu verbo é claro e não confunde(e a luz não separa as trevas de si) pois ela busca reparar.

Outras vezes o corpo auditivo do pensamento se torna um operário deitando mãos a laborações que lhe chegam como suas enxadas, trabalho onde o pensamento se suja de sangue e lama e escuridões para a congeminação da luz para com ela os dissipar, e o mesmo fito ou desígnio: por onde se move e lhe calhou mover-se, no que aponta a justa apreensão do que vê e nada mais do que a justa, das coisas e dos seres e de tudo a verdade própria mostrar .

Suas palavras ligam. Também sou sensível a isto: à dramatização do espaço (íntimo-público) na conjugação das vozes (outras) e da sua, todas declinando-se intimamente, peça coral - e depois surgimos nós, os que comentam, também como um coro em que cada um singularmente se faz ouvir. É íntimo, colectivo e todos somos voz ouvida e voz salvaguardada.

Maria João

carlos pereira disse...

Quando os cardos são a única esperança.
Abraço poeta.

Patrícia Pinna disse...

Bom dia, Graça.
Forte demais e uma verdade, infelizmente.
Tenha um fim de semana de paz.
Beijos na alma.

Parapeito disse...

Toca...quase que faz doer...
Abraço doce Graça ****

Flor disse...

Excelente poema minha querida. Vou levá-lo. Beijinhos. <3