24.5.15

Antes de anteciparmos o futuro

Ansel Adams


Antes de anteciparmos o futuro acrescentemos
à voz da terra o sobressalto das fontes
refugiando a sede.
Nenhuma nascente escapa à exigência,
tão vulnerável, da secura do barro
que nos separa das nuvens.

Graça Pires
De Uma vara de medir o sol, 2012

44 comentários:

Marta Vinhais disse...

Às vezes, não olhamos para o "imediato", para esse momento em que o futuro assenta...
Porque é importante olhar.... para construir....
Lindo....
Beijos e abraços
Marta

chica disse...

Falaste tudo e com grande propriedade,Graça! Lindo demais! Poema e foto !! bjs, ótimo domingo,chica

Mar Arável disse...

Com a serra às costas

© Piedade Araújo Sol (Pity) disse...

Simples e belo.
também gostei da foto.
bom domingo
beijo
:)

Reflexos e Sinais da Alma disse...

Olá Graça ,

"Nenhuma nascente escapa à exigência,
tão vulnerável, da secura do barro
que nos separa das nuvens."

Podemos Criar , VOAR ... mas a exigência da realidade ... separa-me das nuvens ...

Excelente , o âmago sucinto, retratado na sua intenção , na sua essência primordial !

Um Beijinho e Bom Domingo :)
Luis Sousa

Shirley Brunelli disse...

Tudo tem seu tempo...
Graça, bom domingo!

Cadinho RoCo disse...

Somos reféns da gravidade.
Cadinho RoCo

São disse...

Belissima foto acompanhando im bom poema.

Bom resto de domingo e abraço amigo

Cidália Ferreira disse...

Maravilhosa postagem, sem duvida.
Adorei

Beijos, bom Domingo
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/

Anónimo disse...

Disseste tudo que era preciso Graça!E lindamente!!!
Muito boa postagem!!!
Beijos e beijos e tenhas uma ótima semana!!!

http://simplesmentelilly.blogspot.com.br/

Smareis disse...

Muito belo Graça!
A foto é muito bonita.

Andei um pouco ausente por isso a demora em aparecer por aqui.
Um abraço e ótima semana!

Blog da Smareis- É só clicar aqui!

Fê blue bird disse...

É esse o destino das fontes minha amiga.

Um beijinho e boa semana

Graça Sampaio disse...

«a secura do barro que nos separa das nuvens» - que linda(s) imagem(ns)

Obrigada por estes momentos de beleza.

Beijinhos poéticos

Teté M. Jorge disse...

Estupenda comunhão letra-imagem!

Beijo.

Sinval Santos da Silveira disse...

Querida amiga, Graça Pires !
Eis, aqui, uma joia lapidada, pronta
para ser usada, nos momentos de
meditação. PARABÉNS.
Um carinhoso abraço, aqui do Brasil.
Sinval.

manuela barroso disse...

De nascentes tambem se mata a sede de encanto com que nos brinda .
Brilhante!
Beijinho , Graça

Isa Sá disse...

É muito difícil antecipar o futuro.

Isabel Sá
https://briulhos-da-moda.blogspot.pt

author casulo-online disse...

Não existe momento sem importância, a bem da verdade.
Concordo contigo, e esse pensamento.

Beijo

Unknown disse...

Olá, Graça.
Sendo nós barro, ansiamos pela água, nossa própria vida!
bjn amg

Agostinho disse...

A aparente paz entre o barro e as nuvens prenuncia tempos de catástrofe.
Este poema é um aviso precioso a todos nós que padecemos do mal da soberba.
Obrigado, Graça, pela beleza da poesia. A sua.

ManuelFL disse...

A Graça não podia, a meu ver, ter escolhido melhor imagem para ilustrar este seu belo poema, em que a estonteante beleza da natureza se confunde com a sua vulnerabilidade.
O poema é um alerta e uma exigência para todos nós, sempre tão desatentos. Talvez agora «acrescentemos à voz da terra o sobressalto das fontes».



Ailime disse...

Boa tarde Graça,
Belíssimo o seu poema!
Tanta aridez nos rodeia que até a natureza se rebela!
Beijinhos,
Ailime

Pérola disse...

Vivamos o instante antes que o depois chegue.

Belas e sábias palavras.

Beijo

Manuel Veiga disse...

assentes no barro que somos...
e na sede que sentimos.

sábia e bela poesia, a tua.


beijo, minha Amiga

teresa p. disse...

Um alerta perturbador nas palavras deste belo poema.
A imagem é poderosa e incontrolável!
Gostei muito, como sempre.
Beijo.

Luis Eme disse...

poisnão..

abraço Graça

MARILENE disse...

Toda construção exige se passe pelas fases que a antecedem. E com o necessário cuidado e atenção. Bjs.

Daniel C.da Silva disse...

O sobressalto das fontes tem sempre a urgência de nos impulsionar a ser...

beijo

Silenciosamente ouvindo... disse...

As fontes estãp cada vez mais cecando,
minha amiga.
Como sempre muito bem escrito.
Desejando que se encontre bem.
Bj.
Irene Alves

lis disse...

Fixar os olhos nessa beleza de foto e imaginar um outro mundo possível.
Lindo poema e imagem Graça
abraço

Fernando Santos (Chana) disse...

Excelente post....
Cumprimentos

Marli Terezinha Andrucho Boldori disse...

Boa noite, Graça
que foto linda, achei extremamente de bom gosto para ilustrar as suas reflexões.
Belíssimo poema.
Precisamos estar de bem conosco para construirmos nossa alma da melhor maneira possível.
Há que se planejar tudo ....para que em nossas emoções fiquem as lembranças.....
Grande abraço!
Desculpe pela demora da visita , estou indo devagar ,quase parando......rssssssssssssssss

Existe Sempre Um Lugar disse...

Boa tarde, as fontes eleva-nos para o o futuro, poema e imagem estão excelentemente enquadrados.
AG

jorge esteves disse...

O mesmo barro que, porventura, sustenta os pés das ilusões!...
Gostei, amiga.

jorge

Manuel disse...

Será possível anteciparmos o futuro?!... Penso que não. É impossível 'adivinharmos' o momento que se segue.

Felicidades
MANUEL

Unknown disse...

Poema das nossas limititudes, por isso a junção do céu aos elemento terra e água é muito sugestivo. Precisamos de tudo, e do sol que não figura na bela foto. Mais um poema muito belo. Beijinho.

Daniel Costa disse...

Graça Pires, parabéns pela bela expressão poética.

Se tenho andado sumido, deveu-se a férias, com o sortilégio de as ter passado no nordeste do Brasil.
Beijos

Ana Tapadas disse...

O barro sedento das águas...aqui tão belo na força do verbo!

Beijo

Odete Ferreira disse...

E é no voo poético que se leva e traz a água que nos alimenta.
E a terra não morrerá...
Muito bom, amiga Graça.
Bjo :)

lupuscanissignatus disse...

força telúrica

henriquedoria disse...

Gosto

manuela baptista disse...

tão vulnerável é a separação entre os sentimentos


um abraço, Graça

Jaime A. disse...

Nascente alguma se escapará da sede de poesia que a muitos consome

Samuel F. Pimenta disse...

Que maravilha de poema!