Menez
Sem medo do perfil
em que me invento
procuro os ângulos
menos sombrios
do passado.
Viro os gestos do avesso.
Deturpo conceitos e preconceitos.
Esqueço os comportamentos comuns.
Imagino-me num castelo longínquo,
cativa e princesa.
Não quero adiar o destino
de me rever nos sonhos
que te chamaram de tão longe.
Eu, aqui, morrendo aos poucos,
sitiada do teu nome.
Graça Pires
De Uma extensa mancha de sonhos, 2008
em que me invento
procuro os ângulos
menos sombrios
do passado.
Viro os gestos do avesso.
Deturpo conceitos e preconceitos.
Esqueço os comportamentos comuns.
Imagino-me num castelo longínquo,
cativa e princesa.
Não quero adiar o destino
de me rever nos sonhos
que te chamaram de tão longe.
Eu, aqui, morrendo aos poucos,
sitiada do teu nome.
Graça Pires
De Uma extensa mancha de sonhos, 2008
57 comentários:
este é o retrato de uma princesa, cativa do seu destino, mas com o olhar preso aos sonhos que ainda não viveu, por preconceito, mas que a poeta, certamente, a deixará viver plenamente. um beijinho.
A inspiração brota por todas as palavras do teu poema!! Lindo. Muitos beijos.
Oh, genial Amiga:
Um poema em tempo de Carnaval delicioso que li com cuidado e atenção que é uma peça de ouro mágica, fabulosa.
Concebido com uma sensibilidade de Arte poética pura. Sensatez nas ideias.
Fiquei com uma sensação de uma beleza e pureza imensas feitas para maravilhar.
Perfeito poema numa pessoa perfeita. VOCÊ!
Beijinhos de uma ímpar amizade que a estima e respeita.
Sempre a admirá-la e a considerá-la
Espectacular. Notável. Sublime...!
O AMIGO
Pena
OBRIGADO pela sua imensa amizade.
Bem-Haja, amiguinha!
Um excelente Carnaval. Divirta-se. Merece por completo.
Oi Graça, querida Amiga.
As memórias da Dulcinéia são lindas, frutos da sua alma límpida que compõe véus translúcidos de belezas poéticas.
Forte abraço, poetíssima.
H.F.
graça:
venho e me entendo com a dulcinéia.
um abraço.
romério
As sombras do passado atrasam o destino.
Quando se esquece os pensamentos comuns, se vira princesa.Ah, teu poema é longínquo e tão incomum.Adorei!
Os teus poemas têm sempre uma trajectória perfeita, diria estudada ao pormenor.
Este belo poema é um exemplo disso mesmo.
Gostei imenso, como é óbvio.
Beijo.
Muito bonito.
Neste blog brotam as palavras inspiradas em cada poema.
A eterna espera das mulheres, apesar dos tempos...
Muito belo mesmo.
Beijos
Maria Mamede
Em castelos ou moínhos, sempre o coração nos há-de confundir fazendo-nos julgar ser os cascos do cavalo que traz quem nós esperamos...
abraços!
quantas realidas pode sitiar um nome...
talvez a realidade seja somente issso: o contorno de um nome...
versos muito belos,
um beijo
Gosto de quem procura os ângulos menos sombrios do passado e com
eles se refaz... em profundidade.
Fascinante esta Dulcineia!
Um beijo, Graça.
...aqui morremos todos
aos poucos querida Graça.
enquanto isso inventemos a vida em nós.
um beijo
enorme
eu até não estou cá :)
..., e tão perfeitos os versos finais.
Um prazer a leitura, e belo também o quadro de Menez
Beijo
________ JRMARTO
Desejo-lhe uma alegre quadra carnavalesca.
Bjs
gosto muito da pintura da Menez...
e que linda combinação, com as memórias de Dulcineia.
abraço Graça
Chamar de longe... como se o vento fosse mais que um movimento - uma voz!
Lamento - senhor e cativo, criador do tudo que ainda pode ser... (Para lá da lógica castradora que destroe o sonho e a vontade...)
Por dentro do perfil irrompe o aroma de um jardim, por desvendar...
Um abraço
"perfilo-me" como sempre aqui.
embora mais ausente....mas nunca nunca distante.
vim beber desta Memória.
e deixo o meu abraço. sentido
não sei se ficou o comentário--
:((((
beijo.
e presumo que não....
(__________)
assim sendo redigo a minha admiração....sempre sempre sempre----
!
Rever-se nos sonhos, a sitiada.
Belo poema, belo quadro.
Obrigada, Graça.
nao quero adiar o destino...
nem eu minha amiga...mas será que podemos?! será que há destino?!
gostei de todo o poema até da princesa cativa...
beij
Quem era a Dona Dulcineia? Hei-de descobrir.
Muitos cumprimentos.
Perfil corajoso que não adie o destino.
Nem que morra aos poucos...
... sem adiar o destino
"viro os gestos do avesso"
e desenho os ângulos do presente
cativa
nos limites do teu rosto
______
como o rosto
o nome
corpo do poema
.
e em parágrafos semânticos
sou-Te cativa
um grande beijo Graça
.
um
Graça!
Adoro "virar os gestos do avesso"
e reinventar perfis e castelos onde o meu nome possa repousar!
um beijo, belo poema!
Eis uma forma clara de nos descrevermos.Faz-me pensar na forma como olhamos e reolhamos (ângulos, prepectivas) da realidade, de forma a tornarmos mais suave a nossa existência, ou até mesmo, a nossa sobrevivência. Somos mestres na arte de encontrar sempre uma saída quando o medo nos ameaça.
Parabéns. beijos
E se olhasses com amor o passado sombrio?E se não virasses nada do avesso? Pensas que o sonho não viria ao teu encontro? Vinha, vinha, com a princesa não cativa, livre, no sol da rua, que é o palácio mais lindo, saia de sol.E tu, viva, viva.
Beijo. Eduardo
Que a imaginação nos leve a castelos longínquos sem esquecer os lugares comuns bem perto de nós.
Beijos
Uma ideia de felicidade é um exercício permanente.
Evidentemente que somos muito o que nos emociona e os afectos que partilhamos.
Por essa razão, a felicidade, pode ser atingida ou porque culivamos expectativas que se cumpriram, ou por ascese, atingimos um conforto particular que nos faz rejubilar...
É claro também que quem morre «sitiada pelo teu nome» está no superlativo grau de exigência a dois.
Belíssimo poema
cativar pode ser bom... cativar pode ser gostar de...
lindo!
beijo
"sitiada do teu nome". pura beleza nestas memórias.
beijos
Só por amor
nos prendemos assim
em liberdade
gostei do que vi e li
parabens pelo trabalho
boa semana
beijinhos
Carla
Belo extremamente belo, este teu poema....
Beijos no teu coração.
"Não quero adiar o destino
de me rever nos sonhos..."
Perfeito!
Mais um belo poema de amor, sempre...
Beijo
... e eu
aqui
pensando se
quando me escrevo
me recordo ou/e se me invento.
Bj.
"sitiada de teu nome..." .
um estremecimento de alma.
tão bonito!
beijos
Até o nome sitia,
mata.
O não-querer...
a busca,
a tortura.
Há também a outra via:
a da luz,
o caminho difícil da esperança,
da crença.
(...)
começará assim o caminho em que a beleza do tezro tende para o menos infinito?
sitiada do teu nome... Como estas palavras me tocam!
Um beijo enorme e bom fim de semana.
Esse final é arrebatador, Graça.
Beijo por ele.
mais um belo poema da inspirada série Dulcineia! Dulcineia em cativeiro, presa às memórias, à espera,...
Olá Graça,
Gostei de ter passado por aqui e hei-de voltar. Gosto dos sítios onde se celebra a arte e aqui foi o caso, através de dois modos que me são caros: a poesia e a pintura.
Tinha aparecido uma vez e ... bom, as coisas, às vezes são assim. Via-a na Lídia e não ligava. Quero redimir-me contitamente.
Beijinhos.
ser maior é entrar pela janela paradoxal da ilusão.
e tu és!
beijo
Linda Amiga:
Um poema que "vive" de uma introspecção doce. Sincera. Presente. Admirável.
"...Viro os gestos do avesso.
Deturpo conceitos e preconceitos.
Esqueço os comportamentos comuns.
Imagino-me num castelo longínquo,
cativa e princesa.
Não quero adiar o destino
de me rever nos sonhos
que te chamaram de tão longe.
Eu, aqui, morrendo aos poucos,
sitiada do teu nome...."
Inspira qualquer um ao poder da escrita, como musa da beleza e da pureza do Ser. Acreditar.
Fantástico poetizar.
Beijinhos
pena
Adorei! Fabuloso "sentir" de si.
nossa, adorei! diante do perfil, achar o melhor ângulo, quantas vezes já me peguei fazendo isso!
vir aqui sempre é uma inspiração!
beijos
Sinto uma inspiração em Florbela Espanca, poetisa portuguesa maravilhosa!!
Meu mundo está cheios de sombras do passado, que ainda atrapalham meu desenvolvimento, mas sol irá brilhar e sombras não mas existirá.
Gostei do Blog!
...palavras deliciosas.
morrendo aos poucos vai devorando-nos devagar..
Passar por aqui é encontrar magia e inspiração, a arte da palavra em todo o seu esplendor. Magnífico poema!
sem querer, lembrei-me da Rapunzel.
palermice minha...
Harmonia perfeita entre o texto e a imagem. Parabens
Perdoa a ausencia mas tive mesmo que faqzer uma pausa.
Beijinhos
Mudei os meus mais profundos desejos
Vi reflectida em ti a ternura
Não há derrota no sonho
Não há revolta, apenas brandura
O julgamento dos teus fracassos
É feito numa lagoa sem azul
Um milhafre lança um pio de raiva
Que atinge o branco das casas do sul
Boa semana
Mágico beijo
Eu adoro esse poema, e me curvo, tal como súdito, diante da beleza de teus versos. Curvar-me, nesse caso, é um prazer avassalador.
beijo no coração
Regresso à procura dos "ângulos menos sombrios".
Regresso, de qualquer modo.
um beijinho
É isso.
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