Dorothea Lange
Antes da casa havia o teu olhar
e a rega
exasperada das rosas
a desaguar imensa em minha boca.
Houve dias e dias em que
se tornou urgente
um ponto de fuga pela noite dentro,
não fosse a alvorada
deixar de ser
uma ave liberta em nosso peito.
Depois,
ninguém sabe de onde veio o fascínio
que nos colou a este chão.
Graça Pires
De Caderno de significados, 2013
48 comentários:
Um mistério no olhar, na casa...
O conforto do tempo, no horizonte...
Lindo...
Beijos e abraços
Marta
Em cada casa há um ponto de fuga secreto dentro...
Lindíssima a ligação da fotografia com o poema.
um abraço
Bom dia,
um ponto de fuga pela noite dentro, ninguém sabe de onde veio o fascínio.
É lindo e profundo o que escreveu, na verdade, não sabemos de onde surge inesperadamente o fascínio,o não saber é melhor para que mantenhamos sempre a esperança pelo mesmo.
Fique bem
AG
http://momentosagomes-ag.blogspot.pt/
de janelas e portas abertas para o mistério do amor. de alicerces
fundos, o corpo dessa casa. casa-mãe.
Parece que as asas se quebraram...
Lindo poema, Graça.
Beijos!
prisão dourada em noite calada
e o rio gritando uma enxurrada...
detido no sonho da pessoa amada
belo poema
.
Para lê-la eu visto
a melhor roupa. Na cara
ameaço o melhor sorriso
e a alma, a todo pano,
deixo-a ir mar afora.
Beijos, senhora das letras.
.
Boa tarde Graça, muito belo o seu poema!
Há mistérios insondáveis que apenas o olhar da alma poderá desvendar!
Um beijinho e bom fim de semana.
Ailime
Muito bonito. As palavras e o mistério no olhar :)
beijinhos
uma maneira sublime de escrever amor, cumplicidade e um toque muito subtil de sensualismo.
gostei muito!
:)
Olá! Você conta uma historia toda de forma deliciosa, poética! Agradecido como sempre por acompanhar minha historinha! abraços
É sempre necessário um ponto de fuga....
A foto é linda, embora eu prefira as de cores.
Abraços, Gracinha
Belíssimo, Graça!
A ânsia de pertencer; as coisas etéreas chamando um lugar físico.
Beijo.
Cada vez me rendo mais à sua poética!
Uma poesia envolta em tanta nostalgia como esse olhar que vem de longe e vai para lugar nenhum
Encantada!
Beijinho meu, Graça
Lindo! "Antes da casa..."
Bjs, Graça.
José
Boa noite Graça!
Eu diria que há um mistério insondável nesse olhar e que o poema consegue adensar de uma forma sublime. Um abraço.
Belíssimo! Um abraço!
Poesia transbordante, em ecos que se aninham dentro do peito, ou da casa, onde comungam os sentimentos mais sublimes...
Beijinho imenso...:)
Casa que te quero casa, quem casa quer casa... Gostei do poema CASA. Meu beijo.
A "Casa" porto de abrigo, a paz da chegada ao lugar certo...
A imagem faz parte do poema. Um "fascínio"!
Beijo.
assim o orvalho nas rosas - no fascínio de seu perfume...
(sem chão que o salve...)
beijo
"Uma ave liberta em nosso peito"!
Um poema de amor magnífico,obrigado.
Seu blog é super legal!!!
Tudo lindo e de muito bom gosto.
Se puder dá uma passadinha no meu e segue também se gostar.
Beijos
Ani
HTTP://cristalssp.blogspot.com.br
Graça,
Que fotografia bonita!
Depois de ler seu texto poetico, lembrei de uma casa abandonada que me chamava muita atenção quando eu era criança. Costumava pensar nos misterios.
bjs
Hermoso!!! Saludos!! :)
E o poema nos faz olhar para a foto!
E gostei do que escreveu, mas ficou acorrentada à casa!
Não partiram mais nas asas do vento
e lamento!
Ficou a beleza do que escreve!E é muito!
Maria Luísa
A foto é linda, e o olhar parece envolver o mistério da casa que não existia.
O fascínio surgiu não se sabe donde, mas é real.
Poema cheio de lirismo e beleza.
Bom fim de semana
Beijinhos
PS – Obrigada pela colaboração no “desafio” na minha «CASA».
Respondi lá mesmo. Gostava que visse…
Muito belo, mesmo!
Talvez por ecoar fundo dentro de mim...fascina-me.
Beijo
O amor sempre procura um ninho para ficar. Lindo e mágico o seu poema.
beijinho
Fê
Olá.
Sábado de sol. Tardes de entretenimento.
Meus desejos de um tempo de paz e Saúde.
Abraços.
Este poema, tal como a fotografia, é de uma beleza que quase dói. Ave liberta, desaguar imenso, alvorada, olhar, boca, rega exasperada, fuga pela noite dentro.
Graça Pires declina todos os tempos do verbo amar, para nos conduzir à casa, o chão a que o fascínio colou os amantes e onde todos os dias “amar é durar”, como escreveu Rilke.
As casas, lugares cheios de raízes que transformam os homens em árvores.
Lindo!...
Um beijo
OI GRAÇA!
VERSOS BELOS COM A INTENSIDADE E BELEZA QUE TE É PECULIAR.
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/
Obrigada, Graça. E diria também que bom ter voltado a esta casa - da poesia.
Bonito Rosto, assim como o Chapéu que o enfeita!
Do seu Perfil Completo. Só se sabe que Mora em Portugal.
Curioso
Teus poemas, são encantamentos poéticos
Boa tarde,
Desculpe a minha curiosidade, "para quando uma novo e belo poema?"
Abraço
AG
http://momentosagomes-ag.blogspot.pt/
Como sempre, fiquei impressionado com este poema.
Excelente.
Tem uma boa semana, querida amiga Graça.
Beijo.
Descreveste algo que eu sinto bem lá no fundo~! Adorei voltar a apanhar-te no teu canto! Bjs
Lyra
Coisas que sinto e tu verbalizas tão, tão bem!!! Obrigada pela partilha!
Lyra
Lindo!!!
Beijos da Lyra
que linda imagem "a alvorada deixar de ser uma ave liberta em nosso peito"... sinto o renascimento ao nascer do sol! No entanto, o fascínio que nos devolve ao chão é a irrevogabilidade da morte.
penso a poesia enquanto um ponto de pausa e esperança em hálito de rosas.
Beijo Imenso.
Sabe-se lá de onde vem, minha amiga... mas eu sei uma coisa: adoro a tua poesia.
Deixo um beijinho
quem saberá
dos fascínios que nos prendem e das asas que nos libertam
um abraço, Graça
As casas, o fascínio das casas, feitas abrigos no peito de quem parte. Magnifica poética que tanto admiro.
Um beijo no coração querida amiga Graça - entre nós: TUdo.
Olívia Santos
Um olhar como ponto de fuga e uma rega que se pede.
Beijinhos
Depois de algum tempo uma tentativa de voltar
para agradecer seu carinho e comentário.
Quero muito ficar bem e voltar a ser aquilo que sempre fui
com minhas amizades.
Minha luta tem sido grande ,
mais tenho certeza não estou sozinha.
Um beijo meu carinho e minha saudade.
Sua amizade me faz feliz..
Evanir.
As rosas brotam ao crepúsculo
no albergue do amor:nesta ortografia do olhar um POEMA fundacional.
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