Pelos teus braços sei o ritual do fogo
no corpo apetecendo,
a harmonia das mãos: aprisionado gozo
que percorre e desnuda as veredas
deste quente sentir.
Não repares se me comovo sobre o teu ombro.
Trago comigo o espanto
de ser possível olhar-te sem remorsos.
Diz-me se é um barco
o que vejo nos teus olhos
ou se, apenas, imagino que regressas.
Graça Pires
no corpo apetecendo,
a harmonia das mãos: aprisionado gozo
que percorre e desnuda as veredas
deste quente sentir.
Não repares se me comovo sobre o teu ombro.
Trago comigo o espanto
de ser possível olhar-te sem remorsos.
Diz-me se é um barco
o que vejo nos teus olhos
ou se, apenas, imagino que regressas.
Graça Pires
De Ortografia do olhar, 1996
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