25.12.06

Em seara alheia



EM QUE SE FALA DO MENINO JESUS


Fiz a maldade e olhei Jesus.
Ele baixou os olhos e corou,
e toda a gente julgou
que quem fez a maldade foi Jesus.


E todos Lhe perdoaram ...


- Obrigado, Menino! Mas agora
tira os olhos do bibe e vem brincar,
que eu prometo, pra não Te ver corar,
já não fazer das minhas.
Anda jogar ao pé das flores, no chão,
comigo, às cinco pedrinhas ...;
anda jogar, pra esqueceres
o preço do meu perdão ...

Sebastião da Gama

2 comentários:

Anónimo disse...

Sebastião da Gama

Pequeno poema

Quando eu nasci,
ficou tudo como estava.

Nem homens cortaram veias,
nem o Sol escureceu,
nem houve Estrelas a mais...
Somente,
esquecida das dores,
a minha Mãe sorriu e agradeceu.

Quando eu nasci,
não houve nada de novo
senão eu.

As nuvens não se espantaram,
não enlouqueceu ninguém...

Pra que o dia fosse enorme,
bastava
toda a ternura que olhava
nos olhos de minha Mãe...

LP

Graça Pires disse...

Tabém gosto muito deste poema. Sou grande fã do Sebastião da Gama: o poeta da simplicidade. Obrigada