Seleccionar o ângulo de um rosto, sem lhe macular a luz, como se, a meia voz, pudéssemos reter os múltiplos reflexos do júbilo e das mágoas.
10.3.08
No olhar, um barco
Richard Price
Surpreendida pelo ideário de um marinheiro sem rota, o meu olhar abrigou um barco e reaprendeu, sem dificuldade, os mesmos gritos dos nómadas. Graça Pires De Conjugar afectos, 1997
22 comentários:
Anónimo
disse...
também a mim me apetece gritar, querida graça. mas não é infelizmente de forma tão poética como aquela que as suas belas palavras exprimem. agradeço a sua solidariedade. um grande beijinho.
Assim como a vontade, as palavras nos levam a lugares sem rumo. Lindo poema. Lindo dia pra você. Como faço para adqurir teus livros? Já procurei e não achei aqui no Brasil. Em qual site consigo comprá-los aí? Abraços poéticos deste lado de cá do oceano.
É curioso, as imagens do poema são aquáticas, mas o que chama em mim é um apelo ao desprendimento e à transumância em terra firme. Voltar a um tempo inaugural, a uma linguagem primeva e bárbara. E livre! Ulisses espreita, mas a voz que eu escuto vem da terra, das florestas e das montanhas. É engraçado como os poemas nos interpelam às vezes tão de viés. Um beijo, Graça
apeteceu-me reler, querida graça. a verdade é que há barcos felizes. que rumam de encontro às suas mãos e nela fazem uma bonita âncora de palavras. muito obrigada. um grande beijinho*
O leme partiu-se! Marinheiros tristes contam pensativos, os mortos antigos e os inúteis vivos. Só conservo a minha solidão marinha, despojada e alheia.
22 comentários:
também a mim me apetece gritar, querida graça. mas não é infelizmente de forma tão poética como aquela que as suas belas palavras exprimem. agradeço a sua solidariedade. um grande beijinho.
Assim como a vontade, as palavras nos levam a lugares sem rumo.
Lindo poema.
Lindo dia pra você.
Como faço para adqurir teus livros? Já procurei e não achei aqui no Brasil. Em qual site consigo comprá-los aí?
Abraços poéticos deste lado de cá do oceano.
um poema tão bonito e tão profundo...
beij
Graça....obrigada!!!!!
entre voltas e voltas foi sempre bom encontrar-te.
como um olhar. seguro.
beijo. se até breve.
Pode até ser pequeno;
no valor não tem medida
e nunca será pequeno
se nele cabe a vida!...
Beijos
Maria Mamede
É bom saber aprender, saber olhar saber ver, melhor é reencontrarmo-nos...
:)
BJo doa Semana
O barco sugere-me água. A água é vital. Gostei de te ler. Beijos.
Da beleza de todas as palavras e da cadência o que mais me tocou foi a palavra final - tão forte, tão bela, tão sonora, tão própria para uma síntese.
São tão fáceis de adaptar os ideários dos marinheiros e dos nómadas...
a Liberdade anda sempre na fila da frente...
Beijo Graça
Um dos teus mais conseguidos poemas!!
Abraços.
O nosso olhar vai até onde a nossa alma pode caminhar e abriga os amigos do coração.
Que lindo poema!
Ser nómada é ser sonhador.
Beijinhosssss
Por vezes apetece gritar
Bem dentro de nós
Para nos encontrarmos
Beijinhos
luna
e no teu poema voa o grito livre das gaivotas...
gostei muito.
Graça,
um poema de direções e descobertas,
sempre novo e diferente a cada viagem.
Lindo poema.
obrigado pela visita no meu blog e pelas gentis palavras.
bjs.
Ju gioli
Uma mão cheia de destinos
bjs
lindo poema. os gritos dos nómadas fazem-nos lembrar a nossa mesquinhez
Os barcos fazem-se ao mar e o olhar fica refém do horizonte...
Beijo.
Teresa P.
É curioso, as imagens do poema são aquáticas, mas o que chama em mim é um apelo ao desprendimento e à transumância em terra firme. Voltar a um tempo inaugural, a uma linguagem primeva e bárbara. E livre! Ulisses espreita, mas a voz que eu escuto vem da terra, das florestas e das montanhas. É engraçado como os poemas nos interpelam às vezes tão de viés.
Um beijo, Graça
no teu olhar, esse destino errante...
poema muito bom, Graça. um beijo.
apeteceu-me reler, querida graça. a verdade é que há barcos felizes. que rumam de encontro às suas mãos e nela fazem uma bonita âncora de palavras. muito obrigada. um grande beijinho*
Graça: que esse barco te leve sempre...pelos caminhos incontidos da poesia...amei!
Abraços mil!!!
O leme partiu-se!
Marinheiros tristes
contam pensativos,
os mortos antigos
e os inúteis vivos.
Só conservo a minha
solidão marinha,
despojada e alheia.
(Cecília Meireles)
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