Gotthard Schuh
Mansamente aprendendo o tempo,
têm o espanto no rosto
e querem saber as sílabas encantadas,
o som dos barcos, os ninhos, o carrocel,
as cantigas de roda.
Com que sonhos lhes daremos
uma casa sem sustos,
ou a dispobibilidade das searas,
ou, tão só, uma palavra de amor,
que lhes permaneça na voz
pela vida fora?
Graça Pires
têm o espanto no rosto
e querem saber as sílabas encantadas,
o som dos barcos, os ninhos, o carrocel,
as cantigas de roda.
Com que sonhos lhes daremos
uma casa sem sustos,
ou a dispobibilidade das searas,
ou, tão só, uma palavra de amor,
que lhes permaneça na voz
pela vida fora?
Graça Pires
De Ortografia do olhar, 1996
6 comentários:
Um poema lindíssimo! Ouve-se a música das sílabas e saboreiam-se as imagens nos olhos. Mas não sei a resposta. E a pergunta é premente!
Um beijo, uma boa noite
acreditando neles e fazendo com que eles os sintam (nos nossos, não é possível abranger todos)
se não pensasse assim nunca teria conseguido ter os meus.
e por isso sempre que posso abraço-os, beijo-os e digo-lhes que os adoro, respeito e quero que eles sigam o seu sonho.
mais tarde, quando a sua constituição psíquica estiver desenvolvida, têm o direito de lutar pela sua vida e pela dos seus, tal como nós o fazemos agora
boa tarde para si
Excelente!
Obrigado pela partilha.
Um abraço
Com que sonhos lhes daremos
uma casa sem sustos,
ou a dispobibilidade das searas,
ou, tão só, uma palavra de amor,
que lhes permaneça na voz
pela vida fora?
Acho que apenas com paz, amor e carinho!
Mas caminhamos sempre à beira do abismo!
Lindo poema! Um beijo...
Soledade, Obrigada pela sensibilidade com que leu o poema. Quem me dera saber a resposta, também. Um beijo.
Teresa, que bom para os seus filhos terem uma mãe assim. Felicidades para si e para eles.
Vítor, obrigada e um abraço.
A.S., é um facto "caminhamos sempre à beira do abismo". Mas o amor há-de ajudar concerteza. Um abraço.
:)
lindo e ternurento.
e com amor, o amor que tudo abraça.
um beijinho.
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