os pinheiros mansos.
O cheiro da resina solta
o tumulto
do pinhal em cada sala.
A infância ali mesmo a luzir
em pequenas lâmpadas,
nas bolas coloridas,
nas fitas e nos laços.
E brilham os cabelos das crianças.
Brilham os seus olhos,
os seus dentes,
o seu riso tocado
por uma alegria simples.
Há carícias esquecidas pelo ar,
espalhadas por mãos desiguais,
em casas desiguais,
em noites desiguais.
E a escuridão não tarda a doer
no desalento de quem está só
na vigília destas horas.