Isenta
de mim estarei pronta para riscar
os
dias no pó que será barro de oleiro,
em mãos
que talham enredos.
Prendo
no pescoço um friso
de
alecrim e sigo, por atalhos,
a
linhagem das árvores de troncos espessos.
É
agora meu o tempo acutilante do silêncio.
Faço
o inventário inexplicável
dos
pássaros que morrem todos os anos,
sempre
em novembro,
sempre
no fundo de meus olhos,
sempre
ao som das primeiras chuvas.
E
morro também, de morte lenta,
no
cetim das flores desfolhadas
sobre
o musgo dos sentidos.
Graça Pires
De Uma claridade que cega, 2015
Fico à espera dos meus amigos mais a Norte para o lançamento do livro no dia 4 de Dezembro, na Livraria Unicepe, às 18.30 h.
Aproveito para informar a 12 de Março de 2016 haverá o lançamento do mesmo livro na Biblioteca Municipal da Figueira da Foz.
Fico à espera dos meus amigos mais a Norte para o lançamento do livro no dia 4 de Dezembro, na Livraria Unicepe, às 18.30 h.
Aproveito para informar a 12 de Março de 2016 haverá o lançamento do mesmo livro na Biblioteca Municipal da Figueira da Foz.