Federica Erra
onde crescem as sardinheiras brancas,
ela rememorou alguns poemas
escritos em folhas de plátano
quando o outono, em seu percurso,
as dispersava nos caminhos.
Eram de amor as palavras que escrevia.
Palavras de sedução,
transparentes como a água.
Resvalando sobre o nome
que lhe conturbou o sangue.
Graça Pires
De A solidão é como o vento, 2020, p. 11