À
memória da Filipa Barata (1981-2014)
Há
outra linguagem
presa
às arestas do destino.
Linguagem
impressa
nas
pedras que se pisam
e
onde se inscrevem
para
sempre todas as quedas,
todos
os recomeços,
todas
as memórias.
É uma
linguagem sem margens
que abrasa
a existência,
contamina
a fragilidade das mãos
e atrai
as aves fatigadas,
no
infinito de seu voo,
até ao arco-íris mais belo.
Graça Pires
De Uma claridade que cega, 2015