![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqrnrBneiMZSAYGpFMYVbOs9rqfUT7AcunZYaOxeewrFBlrVRMkwP746ULgGESpNjbEWiFMRHLZEtig5Uu0icJ70zFecXGGN3RZntL8Pf7rjs_xlouoWzZR0m5tMlw6dMqKsRr/s640/Ansel+Adams3.jpg)
Em noites de verão,
povoadas de sombras,
não ouso confessar a solidão.
O tempo altera na voz o destino da luz.
Os sons familiares tornam-se sombrios.
O luar, humidamente cheio,
encobre a raiva,
na boca agitada do poema.
A imagem invertida da lua,
a ferir as mãos
e a desmesurar as palavras
arrasta-me o pensamento
até à perturbação.
Graça Pires
De Não sabia que a noite podia incendiar-se nos meus olhos, 2007
povoadas de sombras,
não ouso confessar a solidão.
O tempo altera na voz o destino da luz.
Os sons familiares tornam-se sombrios.
O luar, humidamente cheio,
encobre a raiva,
na boca agitada do poema.
A imagem invertida da lua,
a ferir as mãos
e a desmesurar as palavras
arrasta-me o pensamento
até à perturbação.
Graça Pires
De Não sabia que a noite podia incendiar-se nos meus olhos, 2007