14.7.25

Bolero de Ravel







Ouço em modo
de oração antiga
pausadamente rezada
o bolero de ravel.
O ritmo invariável
quase silencioso
elevando o tom.
Como água imóvel
retida refreada
até ao tumulto crescente
de rios que se juntam
para galgar a sede.

Graça Pires
De Talvez haja amoras maduras à entrada da noite, 2015, p. 37




3 comentários:

Marta Vinhais disse...

E deslizamos serenamente....numa certeza, numa oração pela Paz...
Beijos e abraços
Marta

Os olhares da Gracinha! disse...

Um bolero que aquece a alma! 👏👏👏😘

chica disse...

Poesia tão linda quanto o bolero de Ravel!
Ótima semana!
beijos, tudo de bom,chica