Menez
Na penumbra me perco.
Surpreendida. Impaciente.
Como se uma reprimida dança
movesse o mais insólito enredo
nos meus passos.
Deito-me de bruços para cheirar,
na terra, o hálito do sonho que persigo
e o corpo cobre-se-me de ervas bravas.
Assim permaneço
até que uma lua de sangue me visite.
Graça Pires
De Uma extensa mancha de sonhos, 2008
Surpreendida. Impaciente.
Como se uma reprimida dança
movesse o mais insólito enredo
nos meus passos.
Deito-me de bruços para cheirar,
na terra, o hálito do sonho que persigo
e o corpo cobre-se-me de ervas bravas.
Assim permaneço
até que uma lua de sangue me visite.
Graça Pires
De Uma extensa mancha de sonhos, 2008
57 comentários:
Até que...
Poema de intensas palpitações. Lindo, claro.
Beijo.
Gostei muito, Graça.Aliás, gosto muito deste como de tantos outros dos seus poemas.Um abraço
Excelente, Poeta !
E belíssimo também o quadro de Menez...
Um diálogo de artes perfeito .
Abraço
________ JRMARTO
Deixo os dedos na terra. Moldo. Rasgo as ruas do meu sonho.
Chamo a cidade que se há-de abrir, do outro lado, ao calor do Sol.
E fico, na urgência da sede e da espera.
Lindas sempre, as imagens que nos chegam com as suas palavras.
Abraço terno
Graça,
Perdidas na penumbra, as palavras só conhecem o tão insólito sentir dos poetas!
Um abraço!
São belas estas tuas memórias.
E este poema é excelente. Palavras límpidas para imagens sublimes. Gostei imenso, como sempre.
Querida amiga, uma boa semana para ti.
Beijo.
E dela nascidos, é bom que nos deitemos, de bruços, e respiremos o seu aroma porque dela viemos e a ela regressaremos, um dia.
Beijos
Maria Mamede
Muito belo, Graça!! Beijos.
Gostei de ler Graça. E senti.
Obrigada.
Um poema doce e significativo de um sentir, parece-me triste, desculpe...
"...Deito-me de bruços para cheirar,
na terra, o hálito do sonho que persigo
e o corpo cobre-se-me de ervas bravas.
Assim permaneço
até que uma lua de sangue me visite..."
Nunca desista do seu sonho, POR FAVOR.
Um desejo lhe manifesto: SEJA FELIZ, mesmo que uma lua de sangue nunca a visite, pois possui uma ternura intensa!
Beijinhos, linda amiga, de amizade sincera e respeito gigante.
Com admiração constante e sempre!
pena
Eu aguardo de novo a Lua Cheia, para me erguer...
Lindo poema, como todos os outros.
Aqui sinto-me bem.
Que um anjo te ilumine
Beijo de anjo
excelente a imagem que escolheste, para mais um belo "enredo" poético...
abraço Graça
Gosto das pessoas que insistem em cheirar na terra o hálito do seu sonho... Esta Dulcineia fascina-me-
Um beijo, Graça.
seiva e húmus. danças impacientes que iluminam. luas de sangue que fervilham em corpos bravios.
enorme teu talento.
beijos
Gosto muito da ligação entre o poema e a pintura.
um beijinho
Olá minha nova amiga Graça.
Um belo conjunto de poema e imagem
Muita sensibilidade...
Uma semana abençoada por Deus.
Fique na paz.
Beijinhos doces, minha amiga.
Regina Coeli
"até que uma lua de sangue me visite".
Como sempre as memórias da Dulcineia são fantásticas e com frases emblemáticas, capazes de morar em nós.
Lindo poema, Graça. Parabéns!
Um forte abraço, minha Amiga.
Beijos :)
H.F.
a aguardar
eternizada na penumbra que se desprende da alma
quando o corpo exige outra dança
.
até que uma lua irreverente se afirme.
___
:))) e um beijo, imensíssimo Graça
:) gostei especialmente deste poema, que não podia ser mais feminino. um beijinho grande, graça.
por vezes essa penumbra é terrível onde realmente a dança é reprimida
Olá, Graça
Este poema é intenso, uma esperança num olhar, num sonho..
Obrigada por participares no meu desafio..
Beijos e abraços
Marta
na entrega ao fluido vital.
belas palavras!
Graça, até que...deixo os dedos na terra.
Amei e só amo... o que é bonito.
Bji amigo querida poeta
"Deito-me de bruços para cheirar,
na terra, o hálito do sonho que persigo..."
Muito bela esta imagem poética, numa perfeita conjugação com o quadro da Menez.
Gosto muito das memórias de Dulcineia, tão intensas e profundas...
Beijo.
Graça,Deixei uma coisa no meu blog para ti!
Beijinho de lua*.*
Graça,
gostava ficar deitada a cheirar
a terra neste canto do quadro da Menez,
ouço a sua voz dançando a cada passo que dou, e fico à espera que o sangue venha colorir as ervas de uma drama solar.
Merci de vos mots, ils me sont votre coeur.
Je vous dois beaucoup.
Parabéns por este lindo poema.
Beijos,
lidia
LM
Um belo livro que cá canta!
Olhe, em relação a essas coisas de ofertas disto e daquilo, eu geralmente mando fora.
Porque já sei que muita coisa é uma qualquer armadilha que não foi postada pelo blogista que se conhece.
Beijinhos
Harmonia perfeita do quadro de Menez com belas palavras.
..até que uma lua de sangue me visite.
Impaciência...
Remete-me a sensação de que algo vai mudar!!!
Lindo!Graça.
Abraços.
_________onde me estendo sempre Graça.
sempre. a cada folha aberta. em cada silêncio despojado.
onde a encontro. nos meus dias.
.
abraço-A.
Escolha belissima da imagem para ilustrar um poema lindissimo.
Perdoa-me as ausencias mas acho que, agora, vou permanecer mais pela blogosfera.
Beijinhos
Ricardo
De volta ao ventre... à terra?
Beijos.
A reprimida dança... É isso!
beijo
um poema muito bem construido.
Esta Dulcinea é muito sensual.
A imagem muito bem escolhida.
gostei muito.
Beij
"Surpreendida. Impaciente.
Como se uma reprimida dança
movesse o mais insólito enredo
nos meus passos."
A vida, essa "lua de sangue"...
É lindo o seu poema Graça! Um grande abraço.
Nas penumbras sempre procuramos algo que nos toque o coração!
Da terra virá o pulsar de uma nova esperança!
Lindo o seu poema.
Um beijinho.
eu,
na penumbra me excito,
só no escuro me perco.
e,
se na noite me encontro,
amanheço,
corpo em brasa
pelo flagelar vampiresco
das nocturnas urtigas.
belas as tuas palavras.
como que uma contida vontade de viver...
gostei imenso do poema.
beijos, Graça.
Com a tua poesia
até na penunbra
vejo claro
Belo como sempre
Há sempre o inefável em seus versos. O sonho perseguido resulta em beleza e graça. :)
Até que ...o sonho se realize ao sabor das palavras que brotam
Abraços.
Imaginei um cobertor de ervas bravas, que nos aquece quando arrefece, que nos refresca quando o suor nos invade.
precisas palavras para um nome irreal, que de tão irreal é a verdade...
beijos...
Parabéns pelo merecido prémio Ruy Belo, amiga.
Adoro as uas metáforas, o seu ritmo de escrita.
Definitivamente um fã.
Um abraço e bom fim-de-semana.
Continuo a adorar este poema...
re-passei.
deixo um beijo à Dulcineia.
...e tudo porque D. Quixote já não vem!
Belo, o poema!
abraços!
Passei hoje por cá
só para lhe dar um beijo
pelo merecido prémio
Bjs
Bonjour Graça,
Parabéns, parabéns, passei agora pelo local sem muros...do Victor e li, e fiquei tao feliz!
Mil beijos,
tento nao reprimir a dança, nem sempre é possivel.
Toda a dança nasce dessa perda.
LM
Parabéns , Graça , Parabéns muitos !
Fiquei muito feliz....
Abraço grande!
________ JRMARTO
um aplauso
de pé!
agora e aqui
sem enganos
------
e uma rosa
plena e única
quando voltas?
Boa semana, linda.
Parabéns por mais um Prémio.
Bem merecido.
...e que continues sempre a perseguir o sonho até fazer dele realidade...e depois ...recomeça de novo para novo sonho :)
Um abraço*
Boa noite, Graça. Obrigado pela visita ao meu blogger.Ervas bravas, sangue, o auscultar do cerne, do sonho, das vísceras do universo em nós. Belo poema. Grande abraço. Parabéns pelo prêmio Lemniscata.
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