Ana Pires Livramento
Reinicio a infância
no esboço do poema
e circunscrevo o litoral
fragmentado do que sou.
Quem foi que descodificou
o céu no meu olhar
e me deixou na alma
um deus imaginado?
Quando o espaço do sonho é circular
como o tempo das cerejas,
ou da migração dos pássaros
que fendem o infinito,
inadiado é o rito da poesia.
Se eu fosse uma gaivota,
dançaria na proa dos veleiros
até à hipnose
de abraçar a maresia.
Graça Pires
De Poemas, 1990, p. 51
Graça Pires
De Poemas, 1990, p. 51
2 comentários:
Muito lindo teu poema e a foto também maravilhosa!
Parabéns pelos 35 anos de poesia !
beijos, linda nova semana,chica
Graça,
Lindos versos.
Vivemos mesmo como seus
versos descrevem, as vezes
vamos seguindo em várias
formas, mas
sempre
colecionando lembranças boas
e seguindo adiante com
a alegria de quando
criança éramos.
Ótima nova semana
pra nós.
Bjins
CatiahôAlc.
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